Acho que “Heroes”, de David Bowie, deve ser a canção mais utilizada na história recente do cinema e TV, vira-e-mexe, zapeando ou aguardando o final dos créditos enquanto os apressados se retiram da sessão, eu a escuto: desde episódios de “Os Simpsons” ou “Glee”, passando por bons filmes como “As Vantagens de ser Invisível” ou “A Enseada”, desastres como “Besouro Verde” e “Godzilla”, ufanismos como “O Grande Herói” e até o nosso “Praia do Futuro”, sem esquecer os comerciais da Pepsi e Coca-Cola. Se eu der um pulinho no IMDB, certamente encontrarei muito mais. Nas Olimpíadas de 2012 a delegação inglesa desfilou na abertura dos jogos ao som de “Heroes”, apelando para o suposto lado heroico do atleta. Nesse ritmo, não tardará a tomar o lugar de “We Are The Champions” do Queen na festa no pódio, afinal não basta ser campeão, tem que ser herói.
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segunda-feira, 19 de maio de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
BLACK IS BEAUTIFUL
Sei que não falta quem acha que é veneno, desentupidor de fossa, serial killer de lagartixas, urina de Satã, câncer liquido... Mas não consigo imaginar aquela feijoada de domingo ou um acarajé caprichado na pimenta sem uma neguinha, talvez por isso eu não entenda aquelas versões fantasiadas de Sprite que inventaram por aí (imagem acima). Agora a grande indústria promete investir numa tendência mundial: máquina de refrigerantes caseiros, o que resultaria em menos latinhas e garrafas no meio-ambiente, além do custo de fabricação e transporte. Esse mistério chamado futuro agradece.
terça-feira, 17 de abril de 2012
PODERIAM SER CRÔNICAS, MAS SÃO APENAS NOTAS II
(*) Todo mundo tem sua caixa de e-mail infestada com dezenas de mensagens desnecessárias, cotidianamente (às vezes a mesma mensagem mais de uma vez, já que algumas pessoas acham interessante e insistem em repassar). Depois de ter recebido cinco vezes o e-mail que afirmava que o verdadeiro Titanic não afundou, deparei com um em que dizia que o ra-tim-bum, cantado em aniversários, era um termo utilizado em rituais satânicos, que serve para amaldiçoar aquele que tem o seu nome proferido na sequência. Na dúvida, e como nunca gostei de parabéns, prefiro não arriscar e continuar fugindo daquela festa surpresa. Las brujas no existen, pero que las hay las hay.
(*) Inspirado pelo verso “ao som do último blues na Rádio Cabeça”, David Byrne, entusiasta da música brasileira, compôs “Radio Head” faixa do álbum “True Stories”, do Talking Heads. Thom York, na urgência de conseguir um nome para batizar uma promissora banda de indie rock em Londres, não hesitou ao utilizar o nome da canção. Muita gente que conheço tem pensado duas vezes antes de criticar Chico Buarque.
(*) Quando Dado e Bonfá anunciaram o fim da Legião Urbana e lançaram o disco “Uma Outra Estação”, em 1997, pensava-se que este seria um digno desfecho para uma das melhores bandas do rock brasileiro. No entanto, o que aconteceu depois foram coletâneas, tributos e discos ao vivo sem sentido algum de existir, além do financeiro. Agora, depois de ter maltratado “Será” e “Tempo Perdido” (em VIPS e O Homem do Futuro, respectivamente), Wagner Moura assumirá oficialmente os vocais da Legião Urbana em um especial da MTV, para a tristeza de muitos. Enquanto isso, as faixas que sobraram do que seria o álbum Mitologia & Intuição em 1986 e as canções em inglês do disco V, 1991, repousam em silêncio, provavelmente aguardando o momento em que as vendas comecem a baixar.
(*) Sei que a publicidade tem suas próprias regras, e que nem sempre o publicitário realiza o anúncio que pretendia, devendo seguir pesquisas e tendências de mercado. No entanto, quando estou assistindo à TV, e encontro Luciano Huck, Fausto Silva ou Ivete Sangalo de garotos propaganda, antes mesmo de procurar o controle remoto, a primeira coisa que passa por minha cabeça é não comprar, mesmo que seja a última Coca-Cola do deserto.
(*) Meu livro
de contos, ainda este ano.
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