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terça-feira, 17 de abril de 2012

PODERIAM SER CRÔNICAS, MAS SÃO APENAS NOTAS II

(*) Todo mundo tem sua caixa de e-mail infestada com dezenas de mensagens desnecessárias, cotidianamente (às vezes a mesma mensagem mais de uma vez, já que algumas pessoas acham interessante e insistem em repassar). Depois de ter recebido cinco vezes o e-mail que afirmava que o verdadeiro Titanic não afundou, deparei com um em que dizia que o ra-tim-bum, cantado em aniversários, era um termo utilizado em rituais satânicos, que serve para amaldiçoar aquele que tem o seu nome proferido na sequência. Na dúvida, e como nunca gostei de parabéns, prefiro não arriscar e continuar fugindo daquela festa surpresa. Las brujas no existen, pero que las hay las hay.

(*) Inspirado pelo verso “ao som do último blues na Rádio Cabeça”, David Byrne, entusiasta da música brasileira, compôs “Radio Head” faixa do álbum “True Stories”, do Talking Heads. Thom York, na urgência de conseguir um nome para batizar uma promissora banda de indie rock em Londres, não hesitou ao utilizar o nome da canção. Muita gente que conheço tem pensado duas vezes antes de criticar Chico Buarque. 

(*) Quando Dado e Bonfá anunciaram o fim da Legião Urbana e lançaram o disco “Uma Outra Estação”, em 1997, pensava-se que este seria um digno desfecho para uma das melhores bandas do rock brasileiro. No entanto, o que aconteceu depois foram coletâneas, tributos e discos ao vivo sem sentido algum de existir, além do financeiro. Agora, depois de ter maltratado “Será” e “Tempo Perdido” (em VIPS e O Homem do Futuro, respectivamente), Wagner Moura assumirá oficialmente os vocais da Legião Urbana em um especial da MTV, para a tristeza de muitos. Enquanto isso, as faixas que sobraram do que seria o álbum Mitologia & Intuição em 1986 e as canções em inglês do disco V, 1991, repousam em silêncio, provavelmente aguardando o momento em que as vendas comecem a baixar.

(*) Sei que a publicidade tem suas próprias regras, e que nem sempre o publicitário realiza o anúncio que pretendia, devendo seguir pesquisas e tendências de mercado. No entanto, quando estou assistindo à TV, e encontro Luciano Huck, Fausto Silva ou Ivete Sangalo de garotos propaganda, antes mesmo de procurar o controle remoto, a primeira coisa que passa por minha cabeça é não comprar, mesmo que seja a última Coca-Cola do deserto.

(*) Meu livro de contos, ainda este ano.

quinta-feira, 5 de março de 2009

CADÊ A DALILA, MORAL?

Não sou um misantropo que assiste à vida e à banda passar, mas é quase impossível manter-se indiferente (com dificuldade apenas a pose) ao carnaval. Moro em Salvador praticamente no intitulado “circuito da folia” e se pela tv é um belo espetáculo é porque não há cheiros nem insegurança. Pouco me convence aqueles que dizem que vão para a avenida em busca de bocas ansiosas ou as teorias apaixonadas e antropofágicas do senhor Caetano Veloso. Carnaval para mim não passa de mais um feriado. Durante os festejos ouvi à revelia, e sem reclamar, Ivete Sangalo e sua Dalila incessantemente, e não adianta argumentar que música de carnaval é somente mera diversão no melhor estilo “eu me remexo muito” de Madasgacar - meu bom senso não costuma requebrar. No entanto o carnaval já terminou e continuo ouvindo Dalila por todo lado: de nome de recém-nascido a batismo de virose. Um amigo me disse numa conversa de bar que Dalila era gíria para droga e que “vá buscar Dalila ligeiro” nada mais era do que o sujeito na bruxa mandando alguém fazer um avião. Sei que conversa de bar não se leva pra casa, porém na última semana ao ouvir no ônibus um indivíduo mais do que mal encarado perguntar para outro idem “cadê a dalila, moral?” já não estou bem certo.
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