Diários da pandemia ou notas perdidas nas páginas ociosas de uma velha agenda
(Abril, 2022)
Voltei a postar no blogue em abril de 2021. Escrever em um blogue novamente, e usando uma linguagem bastante informal, como se fosse realmente um diário ou uma nota perdida numa velha agenda, foi a maneira mais óbvia, e fácil, que o que restou de mim encontrou para tentar sobreviver à pandemia – tão óbvia que frequentemente penso que deveria ter retomado antes, teria me poupado de alguns desastres e tarjas-pretas. Fiquei tanto tempo afastado que ninguém próximo se deu conta que retornei, nem antigos leitores, amigos, familiares, curiosos, haters... ninguém (o que me deixa, inclusive, mais à vontade, saber que haveria alguém na caixa de comentários, às vezes era agradável; noutras, desconfortável). Um ano depois, e pelo número de acessos diários, concluo que não estou sozinho aqui. Provavelmente, náufragos trazidos por alguma conjunção aleatória do buscador.