trago na cabeça
um poema tão doloroso
e injustificável
que jamais tentarei
colocar no papel
costumo cantarolar seus versos
numa melodia tristonha
quando estou sozinho
quando a chuva me apanha
na rua e não procuro abrigo
quando amanhece do outro
lado da minha cortina
esse poema é só meu