A primeira impressão é a que fica, mas apenas para quem se deixa levar pelo preconceito. Na primeira impressão não conseguimos avançar além das máscaras, das meras formalidades e posturas defensivas, por isso não é incomum nos tornarmos amigos de pessoas que antipatizávamos (ou vice-versa). Primeira impressão é capa de livro, é gata(o) na balada.
Rever um filme pode ser uma experiência absolutamente satisfatória, saber como os acontecimentos se encaminharão, traçando causas e consequências previamente, sem nos perdermos no labirinto das possibilidades, nos permite enxergar tudo de maneira ampla e tranquila, livre das expectativas e armadilhas do roteiro. O mesmo vale para a literatura, reler um livro é sempre encontrar um livro novo. Não é difícil gostar mais de um livro depois de uma segunda leitura.
Rever um filme pode ser uma experiência absolutamente satisfatória, saber como os acontecimentos se encaminharão, traçando causas e consequências previamente, sem nos perdermos no labirinto das possibilidades, nos permite enxergar tudo de maneira ampla e tranquila, livre das expectativas e armadilhas do roteiro. O mesmo vale para a literatura, reler um livro é sempre encontrar um livro novo. Não é difícil gostar mais de um livro depois de uma segunda leitura.
Descobri esse prazer nas reprises dos jogos de futebol nos canais fechados, que me fazem companhia nas madrugadas insones. Acompanhar uma partida conhecendo o seu resultado é, inusitadamente, interessante. Não há tensão, não há torcida, não há ansiedade. Sabendo antecipadamente a conclusão de uma jogada, podemos analisar objetivamente, sem o coração nas mãos – embora, algumas vezes, eu vibre mais com os melhores momentos do show do intervalo. Acho que depois disso, comecei a admirar o jogador mais cerebral, aquele que recebe a bola, observa, pondera, e define a jogada num genial passe – de segunda. Parece que quem toca de primeira quer somente fazer a alegria dos narradores e espera contar mais com o acaso do que com a técnica (vide o número de passes errados encobertos por uma vitória).
Obviamente, também não acredito em amor à primeira vista. O amor, amor pra valer, precisa ser construído, sem clichê de conto de fadas, sem mágica. Dou sempre uma segunda chance ao amor, aos livros, aos filmes, à vida. A única exceção talvez seja a música, mas isso renderia uma outra crônica.
Obviamente, também não acredito em amor à primeira vista. O amor, amor pra valer, precisa ser construído, sem clichê de conto de fadas, sem mágica. Dou sempre uma segunda chance ao amor, aos livros, aos filmes, à vida. A única exceção talvez seja a música, mas isso renderia uma outra crônica.
Marinheiro de primeira viagem é uma sábia expressão popular, primeira vez, até no sexo, costuma ser frustrante.
ResponderExcluirrs rs a segunda é sempre melhor que a primeira? acredito que até na música isto acontece. Sua crônica, como sempre, é impecável.
ResponderExcluirUm grande abraço
A resposta para a pergunta que dá título ao seu blog, pelo menos no meu caso, é:
ResponderExcluirPara expressar em letras meus sentimentos e opiniões, sem ser julgado, taxado ou criticado pela ignorância (eles não costumam ler poesia e quando leem não entendem). Falo o que quero, da forma que quero e compartilho minhas opiniões apenas com quem pensa como eu (sei que soa como egoísta e megalomaníaco, mas é real). Fora da poesia . meu silêncio . e poesia.
Tudo é questão do momento, circusntância, contexto.
ResponderExcluirTexto inteiramnete verdade.
beijo.
A primeira vez é a que fica!?...
ResponderExcluirCada caso é um caso. Sei que se falando de livro na hora de comprar vc olha a capa e quando vai dá uma olhadinha dentro já olha com os olhos de quem não gostou ou gostou. Uma opinião mais ou menos formada. E este pré julgamento pode atrapalhar na escoclha. Quando gosto de um livro, filme,... gosto de ler e ou rever mais de uma vez. Filmes com legendas principalmente.
Eu tenho uma relação bem singular com o "olhar a primeira vez", Herculano. É verdade que a primeira olhada vem sempre contagiada de nós mesmos, presa num repertório escasso que quer, muitas vezes, mais do que pode.Mas tem também uma certa...intuição... que já me alertou algumas vezes: "Olha que essa antipatia vai virar uma grande simpatia!"....e vira e já virou. Lembro do Dom Casmurro, três leituras, a primeira ainda bem adolescente, três pontos de vista, e tantas descobertas sobre Capitu e Bentinho na última leitura. Ainda hoje, se relesse, veria um tanto de coisas que não pude ver.
ResponderExcluirBeijos,
Taí, agora começo a entender por que tanta gente assiste a reprises de jogos. Nunca havia pensado em comparar com a releitura de um livro. Agora faz sentido. Valeu. Abraço!
ResponderExcluirDá uma é bom,
ResponderExcluirmas a segunda é muito melhor.
Passar por aqui é sempre mto bom!!
ResponderExcluirOtimoo texto amigo!!
http://www.luismacedo.com/textos/textos.php
Isso que você disse é uma verdade absoluta.
ResponderExcluirA primeira vez que lí "A hora da estrela" de Clarice Lispector, eu não gostei.
Hoje em dia é meu livro favorito.
É assim que é, sempre que você revê atribui um novo significado.
Pura verdade tudo isso, meus livros e filmes preferidos são aqueles que reli e revi, só acredito no amor "concreto", o qual não é construído na base da ilusão...
ResponderExcluirOi Herculano
ResponderExcluirAprendi muito recetemente que o ser humano 'e sim como um livro, nao podemos julga-los pela capa..precisamos abrir o livro e entender a historia por tras daquela imagem.
Essa com certeza 'e uma das licoes mais valiosas que aprendi com a minha viagem para fora do pais.
Parabens pelo seu blog!
Abraco
Bia Pessoa
Caro amigo, tenho isso como lema,ponderar as coisas, reconhecer... Bela reflexão, abraço.
ResponderExcluiré sempre gostoso ler vc.
ResponderExcluirbeijo
Rever um filme acaba sempre por se descobrir um outro filme... ou um outro livro!
ResponderExcluirÉ termos atenção a coisas que não vimos da 1ª vez!
e por tantas vezes achei romeu e julieta um romance imcabivel...
ResponderExcluirOlá, vim convidar vc apara ver as novidades em meu blog,espero vc por lá.
ResponderExcluirMuito obrigado
Neinha
Excelente!
ResponderExcluirA mais absoluta verdade.
Beijos
Mirze
O amor, amor pra valer, precisa ser construído, sem clichê de conto de fadas, sem mágica.
ResponderExcluirUma frase do seu texto meu resumo de tudo que li.
Sua reflexão é perfeita.
Meu beijo meu carinho.
Lindo Domingo.
Evanir..
Eu sou muito intuição. o primeiro olhar é tudo.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Boa tarde...a segunda sempre dará a pessoa o direito de conhecer e entender o outro, mas existe muita gente, que te repele logo na primeira impressão e nao quer nem saber...Ah, se me conhecessem realmente como sou, me daria sempre uma segunda chance...Bjinhos
ResponderExcluirDizem que a primeira intenção é a que fica.
ResponderExcluirNunca acreditei.
Por que não existe amor á primeira vista com pessoas feias?
Com certeza a música é uma exceção, rs.
ResponderExcluirhttp://bruna-morgan.blogspot.com/
Interessante. Uma segunda chance, por que não? Um segundo olhar de repente muda tudo.
ResponderExcluirBoa noite Herculano!
É necessário novos olhares. Só assim podemos ter uma visão mais completa.
ResponderExcluirTexto muito bom, Herculano.
Então, na verdade, a segunda impressão é a que fica…
ResponderExcluirÓtimo.
Reprisamos tudo, sempre. Reciclamos tudo. E nada vem pronto, ajeitamos tudo ao nosso modo, de acordo com as necessidades. Sobretudo para os escribas.
a veces es complicado hablar del amor.
ResponderExcluirEstamos no mesmo barco! O amor se constrói com o tempo... "Amor a primeira vista" Hunf, não conhecemos nem um defeito da outra pessoa, pra saber se somos capazes de tolerar.
ResponderExcluirInteressante sua crônica, gostei de suas considerações, Herculano. Beijo!
ResponderExcluirMe apaixonei por esse texto! E penso exatamente assim, a segunda vez de cada coisa sempre SEMPRE é melhor!
ResponderExcluirSorte!
=**
Sou minuciosa quando leio ou assisto, porém confesso que a segunda vez é sempre melhor que a primeira e mesmo que assista várias vezes sempre encontro algo pra admirar, principalmente quando são os meus preferidos. Amei sua postagem.
ResponderExcluirAbraço.
Convido a ti e a teus leitores para conhecerem e participarem com suas produções literárias do Urbanasvariedades, o modo long play do Urbanascidades, blog cultural de produção coletiva. Visite urbanasvariedades.blogspot.com. e solte o verbo.
ResponderExcluirUm abraço,
Paulo Bettanin.
Concordo com cada palavra!
ResponderExcluirbjs!
Nossa to azul com a sua postagem...
ResponderExcluiro dia seguinde combidado com a segunda impressão.. me fez pensar se não era a polida "que retrato em meu texto" ele realmente achava gostosa... pois a polida deu lugar a insana e nisto tudo mudou...
sera que esta segunda em que eu mostrei ser diferente do que ele conhecia...
aff
seu texto excrito dias antes do meu momento combinou bateu simplesmente nos atos...
bjs Insana
se aplicássemos essa sua regra (que, diga-se de passagem, concordo) em nossas vidas, evitaríamos tantos desencontros, ruídos e sentimentos ruins, não acha?
ResponderExcluirrever situações, atitudes, palavras, sentimentos continuamente só nos dá mais clareza do que acontece e mais sobriedade para compreender e agir de acordo.
a primeira vez é sempre mágica, com todos os seus prós e contras, com o que tem de mais genuíno dos sentimentos humanos. mas, por ser irracional, merece um segundo olhar (e talvez terceiro, quarto e quinto), tanto para nos colocarmos melhor enquanto sujeito da situação quanto para nos orientarmos melhor quanto a ela.
k.
Sabedoria...
ResponderExcluirEnfim, paga-se depois pelo erro.
Abraço
Você tem razão
ResponderExcluirA segunda impressão é que indica o caminho.
Um abraço.
É impressionante como é saboroso ler um texto inteligente, bem humorado, densamente bem escrito... e seus textos são assim. Um orgasmo para a alma. ME INSPIROU, como sempre. E mais impressionante, é como palavras podem inspirar novas palavras, e serem completamente, novas ideias. Lindo, isso.
ResponderExcluirAo contrário do que se diz, acho que as segundas impressões são as que ficam... Toda a emoção e o "friozinho na barriga" são indispensáveis, mas um segundo olhar sobre (quase) tudo faz muita diferença!
ResponderExcluirAcabei de chegar ao seu blog, mas já peço licença pra voltar de sempre em sempre! rs
Muito bom mesmo!