Acho que “Heroes”, de David Bowie, deve ser a canção mais utilizada na história recente do cinema e TV, vira-e-mexe, zapeando ou aguardando o final dos créditos enquanto os apressados se retiram da sessão, eu a escuto: desde episódios de “Os Simpsons” ou “Glee”, passando por bons filmes como “As Vantagens de ser Invisível” ou “A Enseada”, desastres como “Besouro Verde” e “Godzilla”, ufanismos como “O Grande Herói” e até o nosso “Praia do Futuro”, sem esquecer os comerciais da Pepsi e Coca-Cola. Se eu der um pulinho no IMDB, certamente encontrarei muito mais. Nas Olimpíadas de 2012 a delegação inglesa desfilou na abertura dos jogos ao som de “Heroes”, apelando para o suposto lado heroico do atleta. Nesse ritmo, não tardará a tomar o lugar de “We Are The Champions” do Queen na festa no pódio, afinal não basta ser campeão, tem que ser herói.
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segunda-feira, 19 de maio de 2014
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
PODERIAM SER CRÔNICAS, MAS SÃO APENAS NOTAS
(*) Não acompanho novelas, mas sei que há muito tempo elas não tinham tanta evidência. Constatei isso pelo número de matérias nas revistas semanais (inclusive capas) e pelas conversas que inevitavelmente escuto no elevador. Para quem me pergunta se vi as previsíveis revelações da noite passada, quando estou com paciência, costumo responder que dois capítulos de uma novela equivalem à duração média de um longa-metragem, ainda assim morrerei sem assistir à metade dos filmes que desejo. Melhor seria morrer, mas ter visto uma novela inteira?
(*) Não acompanho novelas, mas elas me acompanham. A filha recém-nascida de um colega de trabalho foi batizada com o nome de uma personagem do folhetim das 21 horas, pela festividade das pessoas que receberam a notícia comigo, deduzi que a tal personagem deve ser realmente muito popular, uma heroína moderna. No meu caminho, ainda me deparo com as roupas, gírias, cortes de cabelos e músicas da novela do momento – até ela acabar e começar outra nova-novela-do-momento.
(*) Não acompanho novelas ou séries, mas não abro mão das reprises dos Simpsons, principalmente os episódios em que Nelson e Milhouse têm destaque. De alguma forma, inexplicavelmente antagônica, me identifico com as agruras de um pseudonerd ingênuo e apaixonado e com o delinquente juvenil, filho de uma prostituta relapsa, que humilha os meninos menores e mais fracos.
(*) Não acompanho novelas, mas acompanho blogues. Recentemente, li em um que “alternativa a gente não impõe, oferece”. Quando estou em uma residência em que eu não sou o dono do controle-remoto e alguém decide mudar de canal para “dar uma passadinha na novela”, olho a tela e nada vejo. “Você pode levar um cavalo até à água, mas não pode obrigá-lo a beber”.
(*) A seguir, cenas da próxima postagem... Ops! Acho que os capítulos hoje em dia terminam de maneira mas estilizada, com frames congelados, fade-out, animações... Se você for do tempo do “a seguir cenas do próximo capítulo”, definitivamente, está ficando velho.
(*) Poderiam ser crônicas, mas são apenas anúncios de acompanhante.
(*) Não acompanho novelas, mas elas me acompanham. A filha recém-nascida de um colega de trabalho foi batizada com o nome de uma personagem do folhetim das 21 horas, pela festividade das pessoas que receberam a notícia comigo, deduzi que a tal personagem deve ser realmente muito popular, uma heroína moderna. No meu caminho, ainda me deparo com as roupas, gírias, cortes de cabelos e músicas da novela do momento – até ela acabar e começar outra nova-novela-do-momento.
(*) Não acompanho novelas ou séries, mas não abro mão das reprises dos Simpsons, principalmente os episódios em que Nelson e Milhouse têm destaque. De alguma forma, inexplicavelmente antagônica, me identifico com as agruras de um pseudonerd ingênuo e apaixonado e com o delinquente juvenil, filho de uma prostituta relapsa, que humilha os meninos menores e mais fracos.
(*) Não acompanho novelas, mas acompanho blogues. Recentemente, li em um que “alternativa a gente não impõe, oferece”. Quando estou em uma residência em que eu não sou o dono do controle-remoto e alguém decide mudar de canal para “dar uma passadinha na novela”, olho a tela e nada vejo. “Você pode levar um cavalo até à água, mas não pode obrigá-lo a beber”.
(*) A seguir, cenas da próxima postagem... Ops! Acho que os capítulos hoje em dia terminam de maneira mas estilizada, com frames congelados, fade-out, animações... Se você for do tempo do “a seguir cenas do próximo capítulo”, definitivamente, está ficando velho.
(*) Poderiam ser crônicas, mas são apenas anúncios de acompanhante.
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