Acho que demorei uma eternidade até completar quinze anos. Minha infância parecia não ter fim e lembranças dela não me faltam. Outras pessoas me dizem o contrário, para elas a infância foi curta como um sonho bom - talvez eu tenha vivido meus primeiros anos acordado ou simplesmente me permiti ser criança o máximo que podia. Ser adulto nunca me seduziu, para isso não tive pressa.
Meu sobrinho mais velho completará quarta-feira quinze anos, dizer que “parece que foi ontem” não é um lugar-comum inevitável, melhor seria afirmar que “parece que foi há poucos anos”. A impressão que tenho é que o tempo que ele levou para completar quinze eu levei para completar cinco.
Na letra de “Quinze Anos (Vivendo e não Aprendendo)”, da banda paulistana IRA!, Edgard Scandurra fala sobre um homem “que se diz maduro”, “que se diz seguro”, mas quando “se apanha chorando” é como se ele voltasse a ter quinze anos, onde poderá recomeçar sorrindo. Quinze anos é o meio do caminho. Nem adulto nem criança. Certamente é quando nos sentimos mais fortes, mesmo sendo tão frágeis. É quando se abre em nossa frente um frenético leque de possibilidades, de caminhos, de escolhas, de novidades. Irônico é notarmos, muito depois, que poderíamos ter aproveitado melhor aquilo que já tínhamos aproveitado até ao final.
Apenas após ultrapassar os quinze anos, percebi como o tempo é voraz. Agora "envelheço na cidade".
Meu sobrinho mais velho completará quarta-feira quinze anos, dizer que “parece que foi ontem” não é um lugar-comum inevitável, melhor seria afirmar que “parece que foi há poucos anos”. A impressão que tenho é que o tempo que ele levou para completar quinze eu levei para completar cinco.
Na letra de “Quinze Anos (Vivendo e não Aprendendo)”, da banda paulistana IRA!, Edgard Scandurra fala sobre um homem “que se diz maduro”, “que se diz seguro”, mas quando “se apanha chorando” é como se ele voltasse a ter quinze anos, onde poderá recomeçar sorrindo. Quinze anos é o meio do caminho. Nem adulto nem criança. Certamente é quando nos sentimos mais fortes, mesmo sendo tão frágeis. É quando se abre em nossa frente um frenético leque de possibilidades, de caminhos, de escolhas, de novidades. Irônico é notarmos, muito depois, que poderíamos ter aproveitado melhor aquilo que já tínhamos aproveitado até ao final.
Apenas após ultrapassar os quinze anos, percebi como o tempo é voraz. Agora "envelheço na cidade".
Poxa...que saudade!
ResponderExcluirSuas palavras me emocionaram...
Um beijo Herculano!
e não é?
ResponderExcluiré o que me diziam também "depois dos quinze,o tempo vooa" ,justamente por esse momento faço meus dias únicos realmente da forma que são!
Belas Palavras!
Beijos a ti*
Pois é :)
ResponderExcluirCaraca! Tava refletindo sobre isso essa semana e rabisquei: Naquilo que nos seja subjetivo, na percepção que cada um faz do tempo, dizem, a melhor época passa rápido, ao passo que os anos ruins se arrastam longamente. Engraçado constatar que os tempos da infância, talvez porque os melhores, passam à conta-gotas, ao passo que adolescência e juventude correm consideravelmente mais velozes... lembro que, na infância, as férias são uma eternidade e se chegava até a sentir saudade das aulas...
ResponderExcluir:)
Adorei o texto, acho que é exatamente como você disse, com 15 anos é metade do caminho, nem criança, nem adulto.. A minha infância passou correndo..Rs!
ResponderExcluirSorte!
Queria ter 15 anos com a cabeça que tenho agora, falta para a juventude maturidade, mas isso é impossivel na maioria das vezes. O ideal seria nascermos como Benjamim Button: velho e ir rejuvenecesndo.
ResponderExcluirForte isto! Vivi e vivo estes mesmos sentimentos em relação ao tempo ...
ResponderExcluirSabe, acabei de me lembrar de uma coisa ótima: não tive festa de quinze anos!...
ResponderExcluirgostei
ResponderExcluirJamais me ocorreu pensar a minha idade em termos de décadas, creio que é porque ainda estou com quinze anos. Talvez ocorra de algum dia, em alguma esquina, por algum fato, eu envelhecer subitamente cobrindo em algumas horas toda a defasagem. Mas desconfio que morrerei estando ainda com quinze anos, nesse misto de vontade de viver e inépcia para a vida.
ResponderExcluirAbraço.
Esse "meus 15" foram aos 17 anos...
ResponderExcluirPosso dizer que nessa época o tempo não passava e nem eu queria.
Ótima terça para você.
Beijos
Nai
Sabe o que somos hj? Nossa infância. Triste aquele que não guarda dentro de si o cheiro dos quinze anos.
ResponderExcluirBjs meus.
Ter 15 anos é difícil, ficamos com a ansiedade de chegar aos 18. Costumava brincar com minhas sobrinhas e dizer que não aguardassem com essa ansiedade os 18, que aproveitassem os 14/15/16/17 anos. Foi depois dessa idade que não consegui mais controlar o meu tempo. O trabalho e as responsabilidades começam a torná-lo cada vez menor. Por isso mesmo, vamos viver o espaço que temos neste segundo, nesse minuto... ele vai continuar passando, ou melhor, correndo.
ResponderExcluirAbraços
Nossa, são poucas as vezes em que um texto mexe tanto comigo. Esse me tocou fundo...Lindo, lindo, lindo!
ResponderExcluirAh..meus 15 anos...
ResponderExcluirVoce tem razão, o tempo é voraz!
bjossssss
Senti até um gelinho na barriga! É tão verdadeiro, nós já sabemos.
ResponderExcluirUma semana produtiva...
Bjos.
uma criança em gozo pleno da sua infância transforma uma hora em dez e tudo se agiganta com o tempo, perante seus olhos.
ResponderExcluirQuando tinha 15 queria chegar rapidamente ao 18...
ResponderExcluirErro meu:)
O que eu mais queria quando criança, era crescer. Ah, se remorso matasse...
ResponderExcluirbjs.
Meu caro, lembro-me dos amores platônicos, elas tinham muito mais que dezesseis. Abraço.
ResponderExcluirÀs vezes acho que terei 15 pra sempre.
ResponderExcluirEu tive infância. Brinquei muito. :D abs
ResponderExcluirÀs vezes me pego tendo quinze anos...
ResponderExcluirmelhor época da vida em minha concepção é a infancia, sem responsabilidade de nada, sem preocupação com nada, crianças simples que não sabem de nada porque as veses é mais legal não saber de nada para dar risada.
ResponderExcluire não é que é verdade? e eu aqui rumo aos 24! oq é isso? cadê meus dez anos atrás? =O
ResponderExcluirA vida caminha em espiral e muitas são as vezes em que nos deparamos com situações já vividas e que nos fazem pensar. Aquilo que acontece com os outros acontece também à nós e já aconteceu com nossos pais e todos os que viveram antes e também com os que virão depois de nós.
ResponderExcluirAs épocas e conceitos mudam a maneira de ser e agir, mas os sentimentos continuam iguais.
Abraço
Angel
Isso quer dizer que gostas-te?
ResponderExcluirO tempo não perdoa nada nem ninguém. Leia os posts: O tempo está passando e Vida útil[sucatas], lá no Meio Desligado. Abraço!
ResponderExcluirMe assusto pensando como o tempo me enganou. Pensei que a velhice fosse me surpreender plena de sabedoria...Ledo engano. Continuo boba.
ResponderExcluirGde abraço, em divina amizade.
Sonia Guzzi
heheheheh...
ResponderExcluirengraçado como o tempo, por mais que tentemos, nunca vamos vivê-lo cronometradamente!Existem momentos que duram um segundo passando horas, outros uma eternidade num minuto...
:D
Como o tempo voa, meu amigo! e quando menos esperamos, já estamos no fim! Lindo texto
ResponderExcluirwww.robertavladya.blogspot.com
Acho que o tempo demora muito a passar antes dos quinze, pq é quando a gente arranca dentes, nasce dentes(e parece que não vão caber na boca, depois parece que temos mãos que nao são nossas, pés de pavão, nariz, orelha, tudo cresce exageradamente. Dá vontade de hibernar até passar a fase. Aos quinze estamos melhorzinhos(ao menos as meninas estão já umas fofas), os meninos ainda ranhetam a voz, mas já está equilibrando os membros. Depois dos quinze, onde já está tudo certinho, não contamos avidamente mais para que os dias passem, aí eles passam e a gente fica querendo que parem... Mas não param, ao contrário, pirracentamente voam. E nós envelhecemos sem notar.
ResponderExcluirAbraços
ele voa, voa mas por momentos parece que não andará!
ResponderExcluirhttp://sincerossuspiros.blogspot.com/
Sinto o mesmo vendo meu primo completando 18 anos.
ResponderExcluirPassou MUITO rápido!!
E como você, minha infância tbm demorou, porque também não tive a mínima pressa de crescer. Foi intenso.
Acho que o segredo para fazer o tempo dar uma trégua é nos entregarmos aos momentos com a mesma intensidade de quando éramos novinhos.
Beijos!!
Por isso é necessária aproveitar ao máximo, o tempo, esse, sempre é implacável.
ResponderExcluirAbraços Imundos!
Esse texto é lindo...
ResponderExcluirlembro que comecei a me preocupar com o transcorrer do tempo quando completei meus 17 anos! achava que curtia a vida plenamente aos 16 e por mim ficaria por ali. esse ano cheguei nos 30 e nao me sinto nem um pouco parte desse 'universo'. acho que ainda busco aquela sensacao de apreciacao da vida no vagar dos tempos sem grandes responsabilidades...
ResponderExcluirDuas excelentes músicas que também tratam do saudosismo que sentimos em relação a essa fase da vida são "Catorze anos", de Paulinho da Viola, e "Doze Anos", de Chico Buarque (gravada em parceria com o malandro moreira da silva, se nao me engano). É inevitável não querer reviver uma época tão boa, mas prefiro acreditar que a melhor fase ainda está por vir!
ResponderExcluirDevidos aos problemas ocorridos no blogger alguns comentários realizados nesta postagem simplesmente desapareceram.
ResponderExcluirCara só sei de uma coisa...depois dos quinze o tempo não passa, ele voa!kkkk!
ResponderExcluirbjs!
Nostalgia, mas não chego a ter saudades...Talvez só do tempo que ainda tinha pela frente.
ResponderExcluirCaramba, eu também era assim, queria muito completar logo 15 e depois 18 anos, agora vejo o tempo se exvair por entre os dedos e como passa rápido! Quem me dera voltar aos 15 anos, nunca mais iria querer envelhecer logo.
ResponderExcluirBeijocas querido...