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segunda-feira, 31 de março de 2014

LEIA NO VOLUME MÁXIMO

Questionado pelo parceiro e amigo Milton Primo sobre qual seria a trilha sonora para o meu próximo livro, preferi não citar apenas uma canção e preparei um verdadeiro setlist. Play enquanto o livro não vem.

01) Fuga nº 3 da Rua Nestor – Cícero
02) O Monstro do Armário – Nei Van Soria
03) Filho – Dado Villa-Lobos
04) Circo – Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta
05) Beatle George – Júpiter Apple
06) Taxi – Marcionílio
07) Noite Torta – Ney Matogrosso
08) Runaway – The National
09) Beleza de Ser – Tony Maro
10) Je T'aime Tant – Julie Delpy
11) Traumas – Roberto Carlos
12) Papel de Bandido – Marcelo Nova
13) Velho Pai – Dialética
14) A Volta de Xanduzinha – Jussara Silveira
15) Melhor – Wado
16) Come Share my Life – Legião Urbana

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

FRASCOS COMPRIMIDOS COMPRESSAS

Frascos Comprimidos Compressas é o título do segundo disco dos baianos da banda Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta. Com produção esmerada de Pedro Sá, o trabalho é um alento no cenário musical da Bahia, sempre cheio de estereótipos. Seus integrantes agora parecem demonstrar mais consciência ao combinar os elementos de rock e samba, soando mais natural do que no disco anterior e consequentemente realçando as ótimas composições e arranjos -, sobretudo as letras de Ronei Jorge (já há algum tempo letrista destacado). Não faltará quem compare aos últimos discos de Caetano Veloso (“Cê” e “Zii e Zie”), apenas impressões pré-formuladas que numa audição menos preguiçosa se dissipam. Ressalto no conjunto a faixa título; a já conhecida dos fãs “Aquela Dança” – com resquicios de Novos Baianos e pré-axémusic -, além do Clube da Esquina que paira fantasticamente sobre “Está na Cara” e “Circule Seu Sangue". Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta é samba, um samba desobediente, nervoso. É MPB setentista, na postura, na verve. É rock, de garagem, de guitarras, sem clichês.

Escute algumas faixas no Myspace da banda:
http://www.myspace.com/roneijorgeeosladroes

sábado, 6 de junho de 2009

O FANTASMA DE ARACY DE ALMEIDA


Não sou crítico musical, sou um reles cronista de pequenos posts, o que me permite abordar o show de Caetano Veloso na Concha Acústica em Salvador ontem por qualquer ótica. Poderia dizer que gato e cachorro na cidade pagam meia entrada, o que sempre me deixa a impressão de que estou sendo lesado ou que a centenária matriarca Claudionor Velloso parecia enfadada em seu canto do palco, tirando a mão do queixo somente ao identificar os versos de “Não Identificado”. No entanto, prefiro escrever sobre fantasmas. Diferentemente do que apresentou no começo do ano em Santo Amaro - onde sempre subestima o público presente com um repertório sem novidades pra você e eu e todo mundo cantar junto – ele evitou o aplauso fácil ao cantar onze canções do disco “Zii e Zie” (escutadas silenciosamente pela maior parte da platéia que claramente desconhecia o trabalho, como ficou evidente nos risos involuntários provocados pela letra de “Incompatibilidade de Gênios”). Acompanhado pela ótima Banda Cê, bem mais encorpada do que na última turnê, seus indie-sambas e sua postura eram extremamente rock, principalmente em canções como “Maria Bethânia” e “Eu sou Neguinha” (a melhor do show). Surpreendente para mim apenas a inclusão da cover “Água” de Kassin + 2 e o bis com a tecno-marchinha “Manjar de Reis”. A abertura foi com “A Voz do Morto”, feita especialmente para Aracy de Almeida em 1968 - que não suportava mais ter que carregar o fantasma de Noel Rosa e que injusta e ironicamente é lembrada hoje como a rabugenta jurada do Programa Sílvio Santos. À canção foi incorporado o pegajoso refrão “tem que ser viola” do grupo de pagode baiano Fantasmão, e embora não faça eco às suas teorias exageradas sobre a música carnavalesca feita na Bahia, admito sem a menor culpa que ficou perfeito. Um híbrido inusitado e bem mais interessante que o barzinho e violão de “Mimar Você” da Timbalada, que ele fez em “Noites do Norte” em 2001. No final do show me deparei com os rockers baianos Glauber Guimarães, Fábio Cascadura e Ronei Jorge esperando despretensiosamente por uma oportunidade de falar com o ídolo, talvez que a verdadeira Bahia é o Rio Vermelho. Ao ver Ronei recordei que naquela mesma Concha Acústica em 1999, comandando ainda a extinta banda Saci Tric, ele exibia uma camiseta com a frase Aracy de Almeida is a punk rocker. E ainda teve aquele frevo axé.
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