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quarta-feira, 17 de abril de 2013

PODERIAM SER CRÔNICAS

(*) Que o Brasil não é um país de leitores não é novidade. Mas começo a desconfiar que somos leitores de títulos. Melhor do que uma boa capa o livro necessita de um bom título, “inesquecível”, para ser citado cheio de confiança entre os amigos. Quando digo que estou escrevendo um romance ninguém se atreve a perguntar como ele é, querem saber apenas o título. Quem chegou com o meu livro embaixo do braço, ou dentro da bolsa, após o lançamento pode nem mesmo ter folheado, mas leu o título. Penso em utilizar no próximo a sinopse na capa, assim a conversa “intelectual” de mesa de bar poderá render um pouco mais.

(*) Catequizado pelas regras do rádio, ainda hoje costumo escutar as canções no modo aleatório. Gosto de apostar na imprevisibilidade, de não saber qual será a faixa seguinte. Mas, misteriosamente, quando estou me aproximando de Santo Amaro da Purificação, minha terra natal, o tocador de MP3 insiste em tocar algo de Caetano Veloso. 
Meu shuffle cretino adora uma emoção barata.

(*) Quero me permitir a irresponsabilidade, a incerteza.
Quero chegar atrasado, quero não chegar.
Cansei de ser Bob Esponja; feliz é ser Patrick.
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