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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PENSANDO ALTO

(*) Costumo ler as notas do obituário nos jornais de Salvador e frequentemente encontro alguém natural de Santo Amaro entre os falecidos, como se estivesse me lembrando que em breve não serei mais notícia no caderno 2.

(*) Ainda sei que sou o mesmo menino do interior quando olho para o lado quando escuto uma buzina de automóvel (buzinar no interior é cumprimento); quando olho pra cima quando passa um avião (avião no interior é novidade, brincadeira de criança).

(*) Pode parecer implicância, talvez até seja realmente, mas acho insuportável o ato de assobiar  canções. Se acalma quem faz, só me enfurece. Conviver com pessoas que cultivam esse hábito é uma tortura, só me vem à cabeça a assassina caolha de Daryl Hannah em “Kill Bill”.

(*) Minha geração decretou o casamento como uma instituição falida. No entanto, começo a observar que jovens casais, entre 19 e 23 anos, estão se casando cada vez mais cedo. Solteirice, definitivamente, é coisa de velho.

(*) Dieta da bola de algodão? Não, uma fatia de torta de tapioca com doce de leite, por favor.


(*) Não faz muito tempo, economizava-se crédito nas ligações feitas para telefone móvel; hoje, com tantos planos e bônus, economiza-se a carga da bateria do aparelho. Preciso aprender a me economizar também.

(*) WhatsApp não deixa de ser um passo adiante na ruidosa comunicação humana, mas os grupos do aplicativo são uma praga. Qualquer assunto vira “grupo”: trabalho escolar, confraternização, fofoca, novela, The Voice, dieta, anos 80...

(*) Ninguém me avaliou no Lulu.

(*) Nunca acreditei que todo mundo fosse filho de Papai Noel.

(*) Nunca acreditei em Papai Noel.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

domingo, 23 de setembro de 2012

PODERIAM SER CRÔNICAS

(*) Alguns modismos, realmente, me incomodam. Ultimamente a mania de aplaudirem qualquer coisa tem me tirado do sério. Parece que estamos em um programa de auditório e temos que bater palmas toda vez que a placa de APLAUSOS acende para a claque. Durante a sessão de cinema, o pôr-do-sol e o pouso do avião são os momentos favoritos. Estou me sentindo na obrigação de aplaudir o taxista, o cabeleireiro e o porteiro do meu prédio, logo eu que não tenho paciência nem para mover uma mão contra a outra no “parabéns pra você”.

(*) Diante do encantamento que um arco-iris ainda consegue provocar, alguém  não satisfeito com a condição de ser, simplesmente, plateia da natureza, não perde tempo e saca sua arma telefônica e se fotografa tendo o fenômeno meteorológico ao fundo, um papel de parede de luxo. Há quem prefira parar na estrada, aumentando o congestionamento, para se fotografar à frente de um acidente, como se fosse um casal de namorados diante da Torre Eiffel, não basta dizer que viu, tem que mostrar que estava lá. O pior é que não falta quem curta, e compartilhe.

(*) Da série, as frases que odeio com toda a força da minha alma:
“É muito fácil, até você consegue”.
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