Aquela lembrança que não emoldurei
Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante na Velha Bahia, quando era possível alugar filmes em lojas especializadas, conhecidas como videolocadoras, eu costumava admirar as capas das fitas nas estantes ou os posteres das produções nas vitrines no caminho para a escola. Nem sempre/quase nunca sobrava dinheiro para locação, além dos lançamentos serem disputadíssimos, com direito à fila de espera que se estendia por meses. Não pretendo soar saudosista (streaming é vida) apenas concluo que alguns hábitos não se perdem, muitas vezes se transformam. Percebi isso ao me dar conta que possuo um perfil no Instagram para catalogar os cartazes dos filmes que assisto (não, não vou postar o linque). As pessoas ficam ansiosas por trailer ou teaser, mas eu gosto mesmo é da imagem de divulgação. Sou aquele que comemora em silêncio quando a cena do poster surge na tela, bem mais do que quando o título da produção é proferido por algum personagem. Já tive as paredes do quarto, e com mais discrição as da sala, repletas de cartazes de filmes, ainda guardo alguns. Deve existir uma espécie de Oscar para os criadores dessas artes, poderia ser categoria na premiação principal.
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