quarta-feira, 18 de setembro de 2013

“O MEU PERFUME NA ROSA DOS VENTOS”

(*) Gosto de dar presentes, mas não gosto de aniversários ou natal. Não gosto de presentes disputando preferências. Não gosto de presentes com hora marcada. Gosto de olhar para uma vitrine e lembrar de alguém. Gosto da surpresa, do não esperado. Gosto que o meu presente seja o único.

(*) “Vai ter presente pra Chiquinha/ e ter presente pra Iaiá/ canoeiro puxa a rede do mar”.

(*) Moro em uma cidade onde ainda é possível encontrar relojoeiros, alfaiates, sapateiros, mas onde é cada vez mais difícil encontrar uma agência dos Correios. Sempre que penso que poderei utilizar os serviços de alguma ela encerra suas atividades. Só na última semana foram duas.

(*) Todas as cartas de amor são ridículas? E torpedos, inbox, WhatsApp, e-mail, sinais de fumaça, recados no Instagram, comentários no blogue?

(*) Correio elegante, mídia cafona.
 
(*) Comprei uma Yashica Mat pelo MercadoLivre (um presente para mim). Espero que não venha com defeito. Tenho medo de não encontrar uma agência dos Correios para devolver.

(*) “Que presentes te daria/ uma estrela vã do firmamento/ pra iluminar o vão do pensamento..."

(*) Um presente para Kleber Albuquerque, Álvaro de Campos e Dorival Caymmi.

12 comentários:

  1. Penso igual.........chega de padrões pré-fabricados.

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  2. Nada menos do que genial, é o que possso dizer.
    Pequenas frases que parecem soltas mas vao se amalgamando perfeitamente até o fim: presentes egoístas, cançoes, correios, critica a midias eletronicas, tudo no lugar. E um titulo com uma referencia sutil e uma imagem ilustrando que adorei, o antigo como elemento da modernidade.

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  3. Feliz quarta-feira!!!!
    Visitando o amigo que faz um tempo que não acontecia, e valeu e vale sempre muito voltar aqui.
    Seus textos sempre estão contagiando e me contemplando em seus paragrafos...
    Apareceça, deixo um abraço fraterno
    Nicinha

    www.felicidadeamorpaixao.blogspot.com

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  4. Olá caro Herculano Neto, tenho esta mania, só não havia exteriorizado como tu fizeste, o dar presente. Perfeito, quanto a mim, o primeiro parágrafo rs. Bom te ler. entre citações poéticas e crônicas do tempo na falta dos correios...gosto tanto dos comentários (poucos rs) no meu blog (isto é, quando voltar a postar rs) que não consigo achar ridículo...te daria um presente, que talvez escolhesse numa feira de artesanato num dia de chuva.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  5. recortes abstratos e emoções q, nos dias de hoje, são extremamente difíceis de serem degustadas ...

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  6. "Correio elegante, mídia cafona."
    Muito Massa!!!!

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  7. Hoje nós recebemos um presentão do STF... Agora sim podemos acreditar na história dos 40 ladrões.

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  8. Ah, gosto do meu calendário particular, com datas que invento e desinvento. Presentear quando o coração quer dar um pouco de si, comemorar o desabrochar de uma rosa ou a união da Lua com Vênus...

    E, sinceramente, gosto de te ler.

    Beijos,

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  9. Sou da mesma opinião sobre o presentes "engessados".

    Sobre as cartas de amor... bem... a minha opinião muda muito à respeito, mas, hoje acho que sim rsrsrs

    Cartas, torpedos, o que for... o amor tem essa "veia ridícula" que parece impossível de se lhe remover. Pelo menos o "amor romântico"

    Aquele abraço!

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  10. Gosto do surpreendente, mas nem sempre é bem compreendido. Correios, presentes fora de hora, Yashica... charmes dispensados pelos modistas. Um abraço!

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