A perda da inocência é um tema recorrente nas artes, é a verdadeira entrada no mundo adulto, o baile de debutantes da vida real. A inocência pode ser perdida, ou abandonada, a qualquer momento: aos dez, quinze, trinta anos (quando alguém lhe diz que as nuvens não são feitas de algodão). Conheço crianças sem nenhuma inocência e adultos com toda inocência do mundo – não há regras.
Acho que perdi minha inocência quando comecei a ter medo das pessoas, quando passei a atravessar a rua para não trombar com um tipo estranho, quando menti para não ofender alguém, quando resguardei meu coração para não ser magoado. Quando evitei um aperto de mãos, um beijo no rosto, de pessoas que são obrigadas a me tolerar.
Acho que perdi minha inocência quando mirei aqueles olhos e nada vi, quando o silêncio tomou o lugar da indiferença, quando duvidei de promessas, de juras de amor.
O pior de perder a inocência é saber que passarei, inutilmente, o resto da vida procurando-a, mesmo tendo certeza que jamais irei reencontrá-la, não como ela já foi um dia.
Desacreditar na humanidade não tem volta.
A inocência, mesmo quando perdida, continua lá bem no fundo da nossa alma... independentemente dos motivos que nos levaram a perdê-la... ao procurá-la, estamos a ser "inocentes"...
ResponderExcluirUm texto que nos leva a uma grande introspecção, gostei! Um beijinho!
a gente nasce perdendo,
ResponderExcluirabraço
Infelizmente, aqui não há inocentes.
ResponderExcluirPerdemos a inocência
ResponderExcluirDeixamos de ser espontâneos
De alguma forma somos condicionados a isso.
Muitas vezes não sabemos para onde ir ou o que devemos fazer, pois não importa o que se escolha, somos levados talvez para onde não desejássemos estar, pelo menos não ainda... ou jamais.
ResponderExcluirbeijo
Grande abraço fraternal.
ResponderExcluirNicinha
A vida nos rouba isto ... ou melhor ... o viver nos rouba esta inocência mas com o tempo ainda podemos tentar recuperá-la ... nem q seja qdo atingimos uma certa idade como eu ...
ResponderExcluirDesacreditar na humanidade não tem volta mesmo e traz uma certa nostalgia da inocência, mas, talvez, seja imprescindível à sobrevivência. Apenas quem vive protegido sobrevive inocente. Abraço!
ResponderExcluirPerdendo a inocência, se perde um pouco de fé na vida. E nas pessoas.
ResponderExcluirLindo texto!
Paolla
vivo com essa sensação!!! de perdido a chave do jardim secreto!
ResponderExcluirReencontrá-la como ela já foi um dia, jamais! É uma pena, eu sei.
ResponderExcluirPerfeito Herculano!
Não sei se perdi a inocência. Perdi a fé. Talvez, seja a mesma coisa. Não sei.
ResponderExcluirbeijoss
bom, acreditas na história que conta pra ti mesmo que tua vida caminhará de tal forma como projetas - dizia minha mãe
ResponderExcluirBoa noite...Eu nunca quis crescer,
ResponderExcluirme obrigaram a virar adulta muito cedo!
Mas hoje vivo a sindrome de peter pan,
não aceitando ser gente grande e me misturando
sempre a essa gente pequena, meus aluninhos!
Adorei o post., abraços
Se perde a inocência em algumas áreas da vida, não acredito que a perdemos de todo. Sempre há um téco de inocência em alguma parte de nós.
ResponderExcluirBeijo grande
A imagem se encontra perfeitamente com o texto:
ResponderExcluiras nuvens de algodão cantada pelos Engenheiros do Hawaii
simbolizando o fim da inocência.
Clássico!!!
Não tem volta mesmo!
ResponderExcluirPerdi minha inocência aos 18 anos, quando fui traidíssima por uma amiga; passei a não gostar tanto de gente depois disso.
A inocência foi se esvaindo quando minhas nuvens foram derretidas nos céus das bocas de comer algodão-doce. De lá pra cá, nada de doce. Toda gente parece insípida, tão sem sentido quanto algodão crú.
ResponderExcluirProfundo Herculano! Por que que nos ensinam a desacreditar nos outros? É triste esse viver vazio/ apático. Caminhar na multidão, sendo apenas uma peça, no tabuleiro perverso da vida! Abraço
ResponderExcluirDeixei de ser criança quando vi, pela primeira vez, a parte de baixo deum automóvel. A bola passou por este desatento goleiro e rolou, rolou,rolou e ficou presa sob o Opala do meu pai. Que surpresa: ali o carro perdiasua cor, a lataria não continuava. Nos meus carrinhos de plástico não eraassim; se o carro era azul ou vermelho, seguia azul ou vermelho na partede baixo. A noção de que a cor era só a cobertura do bolo, e não o bolo emsi, era estranha. A ideia de que um carro não era feito para ser visto porbaixo não fazia sentido para um guri que vivia capotando suas miniaturasde plástico. Coisa de adulto.
ResponderExcluirAcredito que nunca perdemos a inocência, ela faz parte da pureza de nossa alma...Especialmente quem escreve com tanta beleza há muito de inocência.
ResponderExcluirLuz!
Ana
E se eu disser que perdi a inocência depois dos 30. Só aí, eu comecei a ter medo das pessoas, comecei a resguardar meu coração para não ser magoada, descobri que as juras de amor nem sempre são verdadeiras. E olhe que antes disso já tinha passado por experiências duras, capazes de tirar a inocência de muitos.
ResponderExcluirAdorei o texto.
Abraços,
Lendo o seu texto, acho que também perdi a inocência. Embora, quem escreve assim, não tenha perdido a sensibilidade.
ResponderExcluirQue lindo texto, Herculano! Acho que a inocência sempre vai estar presente nas pessoas, mesmo lá no fundo. Acredito ainda ser inocente diante desse mundo enorme; a inocência nos faz enxergar o mundo mais doce; talvez seja como uma mascara.
ResponderExcluirAbraços :))
Ah, Herculano, já me desiludi tanto e, ainda assim, acredito na Humanidade. Serei inocente?
ResponderExcluirBeijos,
Mesmo com todas as decepções da vida, acredito que nunca perdemos totalmente a inocência...podemos até ficar muito mais desconfiados das intenções e ações dos demais habitantes deste planetinha perdido, mas no fundo, bem lá no fundo, sempre há alguma esperança escondida... essa esperança alimenta o restinho da inocência que pensamos ter ido de vez... senão, como poderíamos insistindo em acreditar em cada paixão, cada amor, cada migalha de sentimentos encontrados ao longo do caminho????
ResponderExcluirO pior de a perder, é realmente saber que nunca mais a encontraremos como era.
ResponderExcluirGostei muito, parabéns pela inspiração.
Boa semana.
Nem me lembro há quanto tempo perdi minha inocência...
ResponderExcluirTambém tenho medo das pessoas, também atravesso a rua, não sorrio pra quem não me gosta, evito quem eu não gosto.
Endureci com o mundo, mas não me endureci, por isso, acho que ainda há alguma inocência em mim...
Desacreditar na humanidade não tem volta, é verdade. Perder a inocência, também não.
Acho que eu perdi a inocencia qd passei a mentir...
ResponderExcluire descobrir que as pessoas mentem...
Perdi minha inocência muito jovem. Quando precisei enfrentar a barra quando descobri que minha mãe estava sendo diagnostica com um câncer. Depois disso passei a ter medo das pessoas... se minha mãe estava me ferindo me fazendo crescer forçadamente, o que outras fariam?
ResponderExcluirAcabei virando uma pedra de gelo... Difícil de esquentar.
Talvez desiludir seja um destino: uma marca do ser humano. Gostei muito do teu blog.
ResponderExcluirQuerido Herculano, gostei demais deste post. Adeus à Inocência, gosto desse filme. Já fui inocente, acho que hoje me restou uma certa ingenuidade. Quanto a acreditar no ser humano, tou preferindo estes meus contatos virtuais, pois a afinidade postada ´ebárbara, e não havendo afinidade, é spo seguir adiante, sem ferir ninguém, sem sair ferido, basta um click. Na vida real corre-se o risco de cruzer toda hora com a pessoa. Me sinto muito a vontade neste blog, por favor me avisa se achar abuso.
ResponderExcluirps. Meu sempre imenso abraço.