Ultimamente, minha vida se resume aos bares que percorro pela noite e as tardes que passo no Café Terrasse – aprecio, principalmente, suas mesas de madeira, ainda vazias, ao entardecer. Não tenho todo tempo do mundo, como cantou uma alma inquieta, mas possuo mais tempo livre do que deveria. Costumo pedir sempre o mesmo expresso com canela, que deixo descansar enquanto molho meus lábios com água com gás ou tento misturar sua fumaça com a fumaça do meu Charm, mas elas fazem questão de se manterem heterogêneas, numa luta, numa dança. Antes que outras pessoas contaminem o ambiente, rabisco alguns poemas que geralmente vão parar no lixo. Procuro evitar verbos auxiliares, adjetivos, estrofes, títulos e letras maiúsculas, mais por implicância do que por estilo. Procuro evitar, também, amores que durem mais de uma estação, porém dificilmente consigo.
Evitar... eis aí uma luta inútil.
ResponderExcluirVc criou um curta, um poema, uma coisa linda! desculpe o adjetivo.
ResponderExcluirAgora vc se deu mal,
ResponderExcluirpois vamos querer
ler os outros
fragmentos.
Retirar tudo o que eu disse, reticenciar que eu juro...
ResponderExcluirDescubro certas coisas anormais, sinais especiais, sempre que venho aqui...
Abraço espiritual,
Ramúcio.
Não temos o controle de nada, nem de nossas fumaças ou letras que insistem em sair da maneira que não gostamos... mas assim elas querem...tudo tem vida própria!
ResponderExcluirBeijos!
AH este fragmento está pra lá de bom. Continua !
ResponderExcluirUm romance que nunca existirá um bom título viu...
ResponderExcluirna minha opinião há
ResponderExcluirQuando o amor chega não dá pra evitar...
ResponderExcluirbjs e paz!
http://guerradosmundosleka.blogspot.com/
Tenho quase todo o tempo do mundo, que deveria estar apto para obrigações das quais fujo. É como seu eu não tivesse tempo nenhum...
ResponderExcluirAs palavras se tornam sentimentos nas mãos dos mestres.
ResponderExcluirParabéns
Abraço
Não sei, mas achei mais para lamento que fragmento!
ResponderExcluirMUITO BOM!
Beijos
Mirze
É o quê?
ResponderExcluirQuase vi esse bar de tão boa a descrição. Talvez tenha aguardado o poeta ir embora para pegar os papéis amassados e ler os poemas enquanto, contra vontade, lembro de algum amor.
ResponderExcluirAbraço
http://asiloparagatos.blogspot.com/
Legal!
ResponderExcluirLembrei desse poema: http://palavraleste.blogspot.com/2010/09/receita-pra-se-fazer-poema.html
abç
Pois, mais que um mero problema sim...
ResponderExcluirUma pena não existir.. Se cuida :)
ResponderExcluirmesmo assim, está posto
ResponderExcluirabraço
Se eu encontrasse numa prateleira de livraria um livro com o título FRAGMENTOS DE UM ROMANCE QUE NUNCA EXISTIRÁ com certeza levaria para casa.
ResponderExcluirVocê como sempre! dispensa comentários, vou aguardar os outros fragmentos..lindo adorei...
ResponderExcluirbeijos
Compre uma caderneta e uma caneta para levar dentro da bolsa, essa é uma grande ajuda. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirvoce é sempre surpreendente!!!
ResponderExcluirwww.robertavladya.blogspot.com
Esse texto deu uma sensação boa de ler.
ResponderExcluirA cena de um cara em um café rabiscando textos é tão nostálgica, clássica.
Muito bacana,
Bjs
Que bonito. Tenso. Confuso. Real.
ResponderExcluirPoeta Herculano, eu já havia comentado aqui, mas não apareceu. Agradeço seu comment, e digo que, caso rabisque poemas, não os jogue no lixo, traga-os aqui.
ResponderExcluirCerteiro !
ResponderExcluirAmores nao deveriam ser evitados por causa do tempo que venham a durar... nada é eterno mesmo...
ResponderExcluirUm belo domingo!
você, definitivamente, ganhou uma leitora agora.
ResponderExcluirUma experiência quase sinestésica, suas palavras viraram cores, perfumes e sabores...
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