Deixei de realizar minhas visitas ao asilo há mais de um mês, recebo algumas ligações da diretoria, mas não atendo. Não sei por que eles insistem, ele nunca sabia quem eu era mesmo - éramos apenas estranhos. Engraçado é que eu também passei a ter cada vez menos recordações, e o pouco que recordo parece que não me pertence, é como se fosse um filme que vi há muito tempo, algo que me contaram. São trechos desconexos, esmaecidos, lembranças em Super-8. Confesso que já não tinha paciência para todo aquele teatro, para brincar de recomeçar a cada encontro: antes era dolorido; agora, indiferente.
Puxa...
ResponderExcluiresse trecho me fez relembrar
fortemente como me sinto
não na fixão, mas
na re
a li
da
de...
Saudades daqui...
bjins entre sonhos e delírios
Não desmerecendo os textos que nunca vão existi.. Mas tenho amado as fotos da atriz.. Rs! Se cuida!
ResponderExcluirAntes era dolorido, agora é indiferente, depois será insuportável. Ou não? Não sei.
ResponderExcluirbeijoss
A memória é também emoção. Quando esta se apaga, apagam-se juntamente os vestígios que a elas se ligavam... Fez-me refletir.
ResponderExcluirAbraço,
Ana Ribeiro
Ainda que desconexos
ResponderExcluirconsigo perceber claramente
o elo entre os dois fragmentos,
até agora.
Entretanto era assim que às vezes me sentia quando ia visitar meu pai. Achava ou não que ele me reconhecia, mas eu ia, melhor eu fui durante 13 anos. E não me arrependo. Só me arrependo da impaciência que sentia e agora lendo seu texto entendi.
ResponderExcluirExcelente!
Beijos
Mirze
Recordações emprestadas...
ResponderExcluirUm grande bj querido amigo
Belo texto, intenso, duro.
ResponderExcluirGrande abraço e sucesso!
Ele não sabe (mais) quem eu sou, mas eu sei quem ele é...
ResponderExcluirEsquecer é ter que recomeçar todos os dias. Lembrei da minha avó, do mal de Alzheimer que chegou cedo na sua vida, do próprio rosto que não reconhecia no espelho, das duas pessoas que ela era: uma que eu lembrava e já não via, a outra que se esquecia e se esquecia: quem era aquela? Nem eu sabia...
ResponderExcluirBeijos,
estou na (terrível) fase de me tornar indiferente até aos meus mais profundos dramas. não sei se isso é grave.
ResponderExcluirparabéns pelo blog, tudo muito inspirador.
abraço.
Se deixar de ir ao asilo, deixará de lado um lado que é seu e de mais ninguém. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirPassando para lhe desejar um bom final de semana!
ResponderExcluirBeijos e abraços
Lembranças em super 8 é demais.
ResponderExcluirÀs vezes me sinto assim, como se eu estivesse inventando as minhas histórias e me surpreendo. Pôxa, como eu vivi tudo isso, como aguentei?
ResponderExcluirParecem histórias dos outros, de filmes ou livros. Então me sinto feliz: ESTOU VIVA!
BEIJOS
Fiquei curiosa pra saber o que sao "lembranças em Super-8"
ResponderExcluirBeijos!
a indiferença é um dos piores (ou melhores) estágios nos quais podemos chegar.
ResponderExcluira indiferença é mais aguda que a dor ...
ResponderExcluirDecupar e colar.
ResponderExcluir