Finalmente, tive alta do hospital. Segundo os médicos, a operação para a mudança de sexo foi um sucesso. Continuo com muitos inchaços e dores, a sensação não é das melhores, no entanto o alívio de ter me livrado daquele incômodo é muito maior. Os psicólogos me disseram que é natural que, ao ter algum membro amputado, tenha-se a impressão de que ele ainda exista. Mas não comigo: eu sempre mijei sentada.
Em breve: este e outros microcontos reunidos em um livro
Seria interessantíssimo se outras partes não desejadas de nós pudessem passar pelo mesmo procedimento e nem falo do físico, porque o externo nunca vai nos definir por completo!
ResponderExcluirEncanta-me a tematica,ultimamente é onde me dedico mais a estudar,essa coisa de transitar pelo gênero,de ser prisioneiro do corpo biologico,negar esse destino.Tudo é plástico,tudo é mutavel,mas ficam os ranços!
ResponderExcluirAs vezes a vontade é amputar o coração!
ResponderExcluirInteressante seu blog.
=*
Eu vejo esse descontentamento com o corpo humano como uma forma de insatisfação consigo mesmo... E não consigo compreender. E não me refiro à opção sexual de cada um... Uma coisa é um homem gostar de outro homem e uma mulher gostar de outra mulher, mas outra é o homem não gostar de ser homem e a mulher não gostar de ser mulher. Nesse sentido vejo que a amputação de qualquer que seja a característica determinante de gênero (física ou psicológica) é conseqüência de razões pessoais e desagrados gerados pelo conflito de pré-conceitos e padrões sociais, para mim a amputação é uma fuga do conflito, não uma solução.
ResponderExcluirA todo esse padrão social que me refiro, já escrevi sobre ele em meu blog de poesia. Se acharem interessante o argumento, acessem: http://codignolle.blogspot.com/2010/07/nobre-sociedade.html
O Link para home do meu blog segue abaixo:
http://codignolle.blogspot.com/
A natureza humana simplesmente
ResponderExcluirtão complexa.
Mas (creio)
que sentada
ou de pé
havia formiguinhas
dentro do vaso.
Cáustico e sincero.
(hehehehehe)
Massa!
Forte abraço.
deve ser estranha essa sensação.
ResponderExcluirGostei ...
ResponderExcluirAbraços
Grande arremate.
ResponderExcluirAs vezes o sexo é muito além do que vemos por fora.
ResponderExcluirbjo
Uma forma nobre e sensata para tratar desse assunto. Vc é realmente bom, H.N.
ResponderExcluirAcho muita atitude quem faz um procedimento desse! Mas respeito..Depois de mil anos reparei que vc só posta as segundas..kkk
ResponderExcluirEu acho que o homem tem todo direito de se sentir em conflito com consigo mesmo e com seu próprio corpo. Até que se prove o contrário, não escolhemos o corpo em que vamos nascer assim como escolhemos o nick do endereço de MSN que vamos usar ou a melhor foto que vamos botar no orkut =(
ResponderExcluirA vida é a vida. Não somos obrigados a amar as condições em que somos vestidos ao vir ao mundo, não somos obrigados a aceitar qualquer coisa.
oh pedaço de mim, deu prá sentir a fisgada com a música do Chico,
ResponderExcluirabraço
Olá...
ResponderExcluirum comentarista disse que deve ser estranha essa sensação.De fato,pode não parecer normal para algumas pessoas quando observam tal coisas e julgam o ouitro,que está num posição indiscutivelmente diferente,e,portanto,falar sobre.É claro,ngm está impune disso.Mas o que quero dizer é que não se sente real estranheza qnd se é absurdamente ou não diferente de algo;qnd se é diferente,pergunta-se por os outos assim não são pois vc sempre aceita a sua normalidade ainda q esta seja julgada estranha.Honesta,mente,acho estranho,sim,alguém fazer o q foi descrito no post;o q não me faz não tentar entender...talvez não estranho,mas complicado...apens opinião.
É uma combinação de mentiras, verdades; inventadas, porém sinceras.
ResponderExcluirObrigada pela visita!
É o que me mata na vida.
ResponderExcluirA gente pode mijar sentado que tem algum preço.
Um abraço
Me parece tão esquisito que me lembra Kafka(A Metamorfose).
ResponderExcluirA mudança exterior só surge para demonstrar uma mudança no lado de dentro.
Às vezes é preciso amputar o interior da gente!
ResponderExcluirO externo é a transparência do que se tem do lado de dentro!
A vida imita a arte, já disseram. Tenho um conhecido que está fazendo um tratamento psicológico, para, se daqui há um ano continuar irredutível com o desejo de ser trans, vai amputar o membro e mudar o que de acordo com ele o deixa infeliz....
ResponderExcluirAbraço!
É uma ironia saudável essa sua, e nesse conto vemos um dilema: O corpo em que estamos é o corpo certo?
ResponderExcluirVárias pessoas fazem cirurgias, plásticas, outras contornam o problema, aí está o que diferencia o humanos das máquinas vivas.
Inté
ps:Ah, e respondendo sua pergunta: Não faço ideia, sempre temos aquela frase pronta para perguntas inquientantes, a minha é essa.
Tenho uma opinião quase de revolta em relação aos fatores que levam uma pessoa a alterar seu corpo.
ResponderExcluirEscrevi sobre isso no meu blog:
http://afterasilence.blogspot.com/2010/07/apenas-faca-porque-voce-sente.html
Claro que também aceito críticas.
Entendo da mensagem do seu texto que o projeto de vida de uma pessoa não pode ficar somente limitado a toda uma ingente batalha para a mera - mera?! - extirpação (ou ampliação) de um adendo.
ResponderExcluirAbraço!
acho que eu já tinha comentado que não sou muito fã de micro contos, mas eu simplesmente adorei esse, princpalmente como ele se encerrou. realmente, às vezes os fantasmas são mais familiares que as coisas palpáveis.
ResponderExcluirAlvaro... Eu tbm desconfio muito das influencias que levam alguem a optar por esse procedimento. Fico feliz por alguem ter a sensatez de confirmar se fara a cirurgia por si mesmo ou pela cabeça dos outros como é o caso do seu amigo.
ResponderExcluirDepois de ler o Membro Fantasma acabei escrevendo tbm a respeito no meu blog.
Seguindo essa mesma linha de raciocinio.
http://codignolle.blogspot.com/2010/07/onde-esta-minha-princesa.html
O Link para home do meu blog segue abaixo:
http://codignolle.blogspot.com/
Meus parabens ao H.N. Sou novo seguidor do blog, ja admiro o seu trabalho. ^^
Adorei! Me diverti com este microconto. Láno blog O Corpo Perturbador farei uma brincadeira, um concurso sem vencedor pedindo que os e-amigos escrevam microcontos devotee. Se vc puder contribuir com a pesquisa do meu próximo espetáculo ficarei muito agradecido. http://ocorpoperturbador.blogspot.com/2010/07/microconto-devotee.html
ResponderExcluirAí está o segredo do miniconto: impactar.
ResponderExcluirUm membro fantasma. É, seria legal fazer isso com algumas outras coisas.
ResponderExcluirAh, gostei mesmo do texto.
ResponderExcluirSério, às vezes eu queria poder trasnplantar meu coração, assim, não haveria mais problemas com o amor. Interessante... =D
http://cordrosachiclete.blogspot.com
Te desejo melhoras...
ResponderExcluirbjs
Insana
Herculano... sem palavras...! Um grande abraço, aguardo o livro!
ResponderExcluirmorri de rir! depois me senti meio culpada, como se tivesse feito algo ilegal, mas a culpa é toda sua!
ResponderExcluirmuito bom esse texto, acredite ou não, ele é muito reflexivo!
sucesso cara. .-.
ResponderExcluirbeijo.
instigou...
ResponderExcluirInteressante essa postagem.
ResponderExcluirLegal.
Daniel
Olá, Herculano. Obrigado pela visita. Gostei daqui também e quero voltar mais vezes. Colocarei você na minha lista de blogs a visitar. Um abraço grande e apareça. Cleyton.
ResponderExcluirO segredo de um conto, acredito, está no seu arremate. E nisso você mostrou ser mestre!
ResponderExcluirO que somos esta na alma, não é representada pelo nosso corpo que no fim de tudo se torna apenas uma carcaça!
ResponderExcluirBeijos..
Bia
Tem como continuar sentando para usar o vaso...
ResponderExcluirseria quase a mesma coisa...
Não era parte dela, era um corpo estranho em meio ao que era ela...
ResponderExcluirFique com Deus, menino Herculano.
Um abraço.
Olá, conheci teu blog agora, tomei a liberdade de ler vários posts e que delicia tua escrita. Adorei!
ResponderExcluirE esse microconto... supreendente!
bjs
Maravilha!
ResponderExcluirIsto é que eu chamo tratar um assunto sem frescuras.
Tu és muito bom. És afiado que só vendo.
beijos
Bicho hermafrodita que sou. Hoje mijo em pé!...rs
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