(Layer Cake, Reino Unido, 2004)
Direção: Matthew Vaughn
Para quem reclama que falta “pipoca” nas minhas indicações, recomendo a estreia na direção do produtor dos primeiros trabalhos de Guy Ritchie (no tipo de filme que todos esperavam que ele continuasse a realizar, se não fosse a Madonna e Mr. Holmes). Daniel Craig (antes do estrelato) vive um bem sucedido “comerciante de narcóticos” que nunca revela seu nome e que decide se aposentar do mundo do crime, mas inicialmente tem que fazer um último trabalho, que não é tão fácil quanto aparenta: localizar a filha viciada de um magnata e distribuir um carregamento de ecstasy vindo da Holanda – se parece um clichê de filme de ação, advirto que nem tudo é o que parece. Perseguições, reviravoltas (muitas), enganos, mentiras, cinismo, clássicos ingleses da música dos anos 70 e 80, coadjuvantes excêntricos, frases de efeito, humor britânico... tudo faz parte do bem construído bolo de camadas do título original, surpreendentemente divertido até o último instante. Confirmando o talento demonstrado na estreia, Matthew Vaughn depois dirigiria “Kick-Ass - Quebrando Tudo” e “X-Men: Primeira Classe”.
TRABALHAR CANSA
(Brasil, 2011)
Direção: Juliana Rojas e Marco Dutra
(Brasil, 2011)
Direção: Juliana Rojas e Marco Dutra
Helena Albergaria é uma dona de casa de classe média que resolve levar adiante a ideia de abrir um mercadinho de bairro após o marido, Marat Descartes, perder o emprego, mas o local escolhido para o comércio guarda alguns mistérios. Ao misturar crítica social com elementos fantásticos, “Trabalhar Cansa” flerta com um gênero pouco explorado no Brasil: o terror. As incertezas e as neuroses provocadas pelo novo negócio e o desconforto e a insegurança do desemprego levam o casal de protagonistas a uma gradual transformação. No entanto, não é o típico drama familiar que mantém a trama, a crônica suburbana, com sua mesquinhez nossa de cada dia, causa no espectador uma imediata identificação, e sem meios-termos também pode provocar sentimentos de amor e ódio. Primeiro longa da dupla de diretores Juliana Rojas e Marco Dutra, que já tinha se destacado com os curtas "As Sombras", "O Lençol Branco" e "Um Ramo".
MINHA IRMÃ
(França/Suiça, 2012)
Direção: Ursula Meier
Assistiria a qualquer coisa com Léa Seydoux, isso não é segredo. Aqui ela é a “irmã” do título nacional, uma jovem acomodada que alterna pequenos trabalhos com períodos de desemprego, dorme com diferentes rapazes e costuma sumir sem explicação por dias. No entanto, a trama é focada em seu irmão Simon, um menino de 12 anos que rouba o que pode em uma estação de inverno suíça (de sanduíches a pares de esqui) e revende os objetos para sobreviver, ou poder comprar até mesmo um abraço de sua irmã. Aproximando-se bastante do naturalismo e da crise europeia, observados sem julgamentos nem sentimentalismos nas obras dos irmãos Dardenne, Ursula Meier sustenta o filme sem excessos ou melodramas, extraindo de Léa e do garoto Kacey Mottet Klein atuações excelentes, além de conduzir uma reviravolta no roteiro que não transforma o filme em outro filme. Atenção para Gillian Anderson, a eterna agente Scully de Arquivo X, e a bela e metafórica cena final.
(França/Suiça, 2012)
Direção: Ursula Meier
Assistiria a qualquer coisa com Léa Seydoux, isso não é segredo. Aqui ela é a “irmã” do título nacional, uma jovem acomodada que alterna pequenos trabalhos com períodos de desemprego, dorme com diferentes rapazes e costuma sumir sem explicação por dias. No entanto, a trama é focada em seu irmão Simon, um menino de 12 anos que rouba o que pode em uma estação de inverno suíça (de sanduíches a pares de esqui) e revende os objetos para sobreviver, ou poder comprar até mesmo um abraço de sua irmã. Aproximando-se bastante do naturalismo e da crise europeia, observados sem julgamentos nem sentimentalismos nas obras dos irmãos Dardenne, Ursula Meier sustenta o filme sem excessos ou melodramas, extraindo de Léa e do garoto Kacey Mottet Klein atuações excelentes, além de conduzir uma reviravolta no roteiro que não transforma o filme em outro filme. Atenção para Gillian Anderson, a eterna agente Scully de Arquivo X, e a bela e metafórica cena final.
Gostei das dicas!!
ResponderExcluirBeijocas
Passando para deixar um abraço fraterno e desejar uma semana de SUCESSO.
ResponderExcluirAbraço fraterno
NIcinha
Nem Tudo é o que Parece é genial ... os outros ainda não vi ... bora conferir ...
ResponderExcluirbjão
Vou procurar todos. Adoro suas indicações de filmes. Abraço!
ResponderExcluirDicas muito boas!
ResponderExcluirMas, confesso, me interessei muito mais pela primeira dica, o filme "Nem tudo é o que parece". Vou procurar pra assistir.
Um abraço!
Sacudindo Palavras
Boas sugestões, ao que parece.
ResponderExcluirUm abraço, caro amigo cinéfilo.
anotadas as dicas.
ResponderExcluiragora me diga, você tem netflix? se tiver, assista House of cards; isso sim é digno de ser chamado de cinema - mesmo sendo uma série.
se não tem, pense em ter, vale a pena. é só ficar longe dos filminhos e ficar perto dos filmões.
Eu já havia lido a sinopse de Trabalhar Cansa, gosto muito de filmes nacionais, mas ainda não consegui encontrá-lo. ;/
ResponderExcluirMas está na minha lista de filmes para assistir. rs
Beijos
Assistirei aos dois últimos!
ResponderExcluirhttp://bruna-morgan.blogspot.com.br
Não conhecia 'Nem tudo é o que parece'. Parece interessante. Vou botar na lista. 'Trabalhar cansa' já tinha chamado minha atenção. Legal vê-lo por aqui.
ResponderExcluirbjo
ótima lista! :)
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