um miserável a ver navios*
Herculano Neto
sempre perco
sempre falta
sempre sofro
sempre fico a ver navios
(“sem sentido para o céu
indiferente para o inferno”)**
sempre despedaço
sempre precipito
sempre espero
sempre fico com as mãos abanando
miserável esmolando afeto é o que sou
**BERGMAN, Ingmar. O Sétimo Selo. Suécia, 1956.
Tudo vai depender de nossa persistencia..".LUTA"
ResponderExcluirAbraços carinhoso
Preciosa Maria
a imagem do filme de Bergman é emblemática assim como o poema,
ResponderExcluirabraço
O "sempre" aqui dá uma idéia de falta absoluta. No meu caso (vou desabafar aqui contigo) falta o essencial e sobretudo aquilo que quero. Me vêem outras coisas, mas nunca aquilo que eu realmente quero e que me faria feliz.Nesse caso, sempre despedaço, sempre precipito, sempre esperando e sempre fico com as mãos abanando rsrsrs
ResponderExcluirAbraços fraternos e sigilosos
http://celebresanonimos.blogspot.com/
Que a busca por afeto nunca nos deixe a ver navios!
ResponderExcluirBeijos!
Olá !
ResponderExcluirQue texto extraordinário !!!
Lendo, me identifiquei, era tudo que eu precisava ler!
Parabéns amigo!
Beijos na alma
Lidi Dias
"sou mais um miserável buscando me encontrar".
ResponderExcluircertas palavras.
Somos soma de afetos.
ResponderExcluirUm abraço.
sempre...
ResponderExcluirgostei!
frase perfeita.
ResponderExcluir"miserável esmolando afeto é o que sou"
Herculano,
Somos tds miseráveis esmolando afetos. Afetos esses, cada dia mais raro.
bjinho
Precipitação e espera...dois movimentos antagônicos num só...
ResponderExcluirAbraços,
Tânia
o coração dos loucos sofrem mais com o amor do que com a dor eterna.
ResponderExcluire se um dia encontrarmos o que estamos procurando?? acho que teremos outro vazio...
ResponderExcluirótimo domingo pra vc
bjs
Até que é possivel existir algue´m que não afetara os grandes fatos da história, mas com certeza não haverá aquele que a própria história não possa mudar (quando se predispor para isto)...
ResponderExcluirFique com Deus, menino Herculano.
Um abraço.
Afeto, e quem não quer?
ResponderExcluirBeijo!
Parabéns pelo texto, digno de um prêmio.
ResponderExcluirUm abraço!
Querido...afeto é algo em extinção...felizes são aqueles que ainda esmolam afeto.
ResponderExcluirBjs meus !
??? por quê???
ResponderExcluirQue essa busca não nós deixe perdidos!
ResponderExcluirAdorei
bjos
antes nada de afeto, do que afeto pela metade.
ResponderExcluirmuito bom!
Herculano,
ResponderExcluirPor essa e por outras tantas, CINEMA é 'filme' de cabeceira. Cenas de raro roteiro encontro eu lá: exílio para dentro, poeta...
Abraço exilado em Minas,
Pedro Ramúcio.
E a gente insiste em navegar...
ResponderExcluirseus poemas estilhaçam como flechas nos vidros.
ResponderExcluirLindo poema, senti certa identificação.
ResponderExcluirLi o "Mais uma dose" e adorei encontrar os microcontos que acompanhava avidamente no blog compilados em livro, pena não tê-lo impresso, adoro o contato com o papel.
Parabéns pelo trabalho.
Precioso trabajo.
ResponderExcluirUn placer leerte.
Talvez um romântico. Talvez alguém que nunca teve o seu labor reconhecido. Talvez ainda, sobre um outro ponto de vista, a consagração dos honestos.
ResponderExcluirGrande poema!
Abraço!
Se a Luta valer a pena, segue.
ResponderExcluirSe não, abandona-a.
Abraços,
Quem muito se doa, muito esfolado soa.
ResponderExcluirOlá, Herculano,
ResponderExcluirApenas cuidado: esmola grande o santo desconfia. Tem gente que dá demais e depois toma!
Mesmo assim, lindo poema!
Parabéns!
Lindo poema, diria mais que lindo, perfeito!
ResponderExcluirEsta sede de afeto que nos torna miseros humanos.
ResponderExcluirBeijos.
Engraçado, é que olhando assim me identifiquei com o miserável...
ResponderExcluirAdorei esse poema :D
abraços
Você é um maior abandonado.
ResponderExcluirbjs
Insana
Sempre tem um cais, um porto seguro.
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirEu sou pedinte confessa e é mais fácil esmolar algum afeto do que simplesmente esperar que alguém nos ofereça, é miserável mas é verdade.
Abraços.
sempre anseio :)
ResponderExcluirbjs
é do ver navios que surgem os poemas
ResponderExcluirolá,
ResponderExcluirgostei deste poema, não da ideia final, mas pelo ritmo, pela repetição fonética, pela ferida que se vai abrindo ao longo do poema, os meus parabéns ao autor!
Cumpts!
* do Blog CENAS GAGAS
Sempre bons textos a arrancar de nós: emoções, estupefações, admirações e informações. Herculano com sua verve implacável!
ResponderExcluirNaturalmente sem deixar de fazer as associações com o que é a base da sua obra, o cinema.
O Sétimo Selo é um dos meus preferidos, o jogo de xadrez da morte com Antonius Block, é uma das cenas que eu mais curto.
Sem falar no contexto mundial no qual o filme foi lançado e todo o significado na obra para o debate e a reflexão sobre a morte e as angústias desse nosso tempo de pós-modernidade, que a mim particularmente causa inquietação, me causa admiração...
Abração, Herculano!
;)
"sin sentido para el cielo
ResponderExcluirindiferente para el infierno"
geniales versos
un gusto conocerte,un abrazo*
Sempre surpreendente...
ResponderExcluirBeijos!
É urgente trocar as voltas ao destino que é coisa pouco certa-
ResponderExcluirL.B.
viva a poeisa!!!ehehehehee
ResponderExcluirPode ser bobeira, mas não acredito que uma pessoa tão gentil, a ponto de "esmolar afeto", seja realmente miserável.
ResponderExcluirOlá, cheguei até aqui em um de meus mergulhos pelo universo da blogosfera. E o q mais me chamou à atenção em teu blog é o nome. Por que vc faz poemas? Eu os faço pois que necessito deles p/ viver, fazem parte de minha estrutura/ respiração.
ResponderExcluirUm grande abraço p/ vc e Parabéns pelo blog e peço permissão para seguí-lo.
Um abraço, estou em www.anaconfabulando.blogspot.com
Sou miseravel esmolando afeto tambem.
ResponderExcluirMas quem não gosta? Pena que não podemos compra-lo.
Bjo
A minha desventura é não possuir céu ou inferno.Mas é também minha maior aventura. Se soubesse disso antes,não teria por tanto tempo vagado,miserável - porém só agora descobri.
ResponderExcluirPoema incrível.
E se não fossem seus versos, estarias louco, sim?!
ResponderExcluirBelíssimo poema, parabéns! ^^
.
ResponderExcluirA sua presença fortalece a
nossa corrente.
silvioafonso.
.
Herculano:
ResponderExcluirPoema forte!
ou não fosse(m) o(s) afecto(s) uma das nossas primeiras necessidades ou a 1º, depois das básicas.
abraço.
"miserável esmolando afeto é o que sou"..é o q somos..
ResponderExcluirPreciso reconhecer que o afeto gratuito me interessa mais...
ResponderExcluirBeijo.
É o que eu digo: Tem sempre algo de muito miserável dentro de nós implorando afeto alheio ou um "cadinho" de nós mesmos.
ResponderExcluirbeijo
Tâmara
sempre falta algo para ser completo!
ResponderExcluirConhecendo seu site ..
ResponderExcluirUm conteudo magnifico como poucos.
Um abraço .
feliz final de semana.
www.fonte-amor.zip.net
PORQUE FAÇO POEMAS?
ResponderExcluirFaço poemas para disfarçar
Minha tristeza, minhas angustias,
Meus pesares sou um cara dependente. Dependente de afeto, um romântico do
Século XXI.
Minhas dores e ódio desconto no papel, e faço dele um amigo intimo.
Caro amigo Hercula Neto sou novo nesse lance de blog, gostaria de pedir se você poderia publicar alguns poemas meus. Visite meu blog e leia meus poemas e me responda se for possivel.
VLW Abraço, Ademir Hanzen
Estamos sempre a fazer uma cirurgia em nossos pensamentos. E o que nos espanta é que essa operação nunca termina.
ResponderExcluirValeu!
Isaías