Domingo é dia de futebol (até quem não gosta do esporte bretão sabe disso). No domingo são disputados os grandes jogos, as grandes batalhas. Domingo é dia de ir ao estádio, de estender a bandeira na janela, de lavar o carro escutando o hino do seu time. Domingo é dia de remarcar compromissos, de não marcar compromissos, de bater ponto na frente do televisor, de sintonizar o radinho na resenha esportiva. Domingo é dia de torcer, se enfurecer, se decepcionar, xingar a mãe alheia. Mas, principalmente, é dia de festa, de êxtase, de epifania (domingo também é dia de ir à igreja, mas só é sagrado por causa do futebol).
Caderno de esportes, campeonatos europeus, jogos ao vivo, mesa redonda, gols da rodada, artilheiro pedindo música... É tanta bola no domingo que chega a ser insuficiente suas vinte e quatro horas, talvez por isso o futebol avance sem pudores pela manhã de segunda-feira – que começa no cumprimento do porteiro; passa pelo papo informal na padaria; pelas manchetes dos jornais nas bancas de revista; pela diversidade colorida dos uniformes dos clubes ostentados com orgulho pelas ruas; pela conversa animada na barbearia; pelos pontos de ônibus, praças, escritórios, construção. O grito do gol de ontem ecoa sem cessar, para a alegria sem fim de uns e dor de cabeça de outros. Aliás, para quem perde, a manhã de segunda-feira é assustadoramente longa - e chuvosa mesmo com sol. O cafezinho na repartição é mais amargo, não se folheia jornais nem se assiste à tv, ouve-se calado o gracejo vingativo do colega e conta-se os minutos para que o dia termine ou que logo chegue a próxima segunda. O certo é que a segunda-feira é dia de comemorar, dia de deixar o riso fácil ganhar o rosto; dia de rememorar, de tirar sarro do adversário; dia de estender o horário do almoço até o final do último programa esportivo só para rever os melhores momentos como se fosse a primeira vez – com direito a nova reclamação da arbitragem. Na segunda não há mais tensão, apenas alívio e certezas.
Enfim, o futebol pode ser casado com o domingo e dormir fora na quarta, mas a manhã de segunda-feira ainda é sua melhor amante.
Caderno de esportes, campeonatos europeus, jogos ao vivo, mesa redonda, gols da rodada, artilheiro pedindo música... É tanta bola no domingo que chega a ser insuficiente suas vinte e quatro horas, talvez por isso o futebol avance sem pudores pela manhã de segunda-feira – que começa no cumprimento do porteiro; passa pelo papo informal na padaria; pelas manchetes dos jornais nas bancas de revista; pela diversidade colorida dos uniformes dos clubes ostentados com orgulho pelas ruas; pela conversa animada na barbearia; pelos pontos de ônibus, praças, escritórios, construção. O grito do gol de ontem ecoa sem cessar, para a alegria sem fim de uns e dor de cabeça de outros. Aliás, para quem perde, a manhã de segunda-feira é assustadoramente longa - e chuvosa mesmo com sol. O cafezinho na repartição é mais amargo, não se folheia jornais nem se assiste à tv, ouve-se calado o gracejo vingativo do colega e conta-se os minutos para que o dia termine ou que logo chegue a próxima segunda. O certo é que a segunda-feira é dia de comemorar, dia de deixar o riso fácil ganhar o rosto; dia de rememorar, de tirar sarro do adversário; dia de estender o horário do almoço até o final do último programa esportivo só para rever os melhores momentos como se fosse a primeira vez – com direito a nova reclamação da arbitragem. Na segunda não há mais tensão, apenas alívio e certezas.
Enfim, o futebol pode ser casado com o domingo e dormir fora na quarta, mas a manhã de segunda-feira ainda é sua melhor amante.
olá, velho.
ResponderExcluirmuito obrigado pela visita.
(é assim mesmo, esse coração. as folias nunca passam de ilusão...)
essa é uma manhã estranha, o futebol não me distrai tanto quanto eu gostaria... mas bem bacana o texto, os parêntesis no meio, a amante no final.
Abraço.
Que delícia de texto, conseguiu ver o lado bom de domingo e segunda feira, domingo pra mim é dia de ver muitos e muitos filmes, pois não gosto de futebol, já segunda é o dia da preguiça...rs
ResponderExcluirBjs e até!
Hahaha... segunda-feira não é bem a minha melhor amante não (hahahaha), maaas, eu adorei seu texto e seu blog!
ResponderExcluirE sabe q eu concordo com "O certo é que a segunda-feira é dia de comemorar, dia de deixar o riso fácil ganhar o rosto; dia de rememorar, de tirar sarro do adversário; dia de estender o horário do almoço até o final do último programa esportivo só para rever os melhores momentos como se fosse a primeira vez " ...
Se pararmos pra pensar, é bem isso mesmo!!! :)
Bjo
que delicia de texto²!
ResponderExcluirAté eu que não gosto de futebol fiquei com vontade de saborear um pouquinho dessa sensação descrita...
ótimo blog!
obrigada pela visita.
adorei, adorei a tua forma de escrever! :)
ResponderExcluirA segunda pós vitória do BAHEEA é sempre memorável.
ResponderExcluirDomingo é da forma como você descreveu, exceto no período de estio entre uma temporada e outra.
ResponderExcluirDia de levantar cedo da cama e imediatamente ligar para os amigos de sempre, combinar o itinerário já conhecido por todos.
Vestir a camisa que era sua companheira naquele triunfo de virada na casa do inimigo, pedir a mesma comida na barraca da tia e preparar o espírito para o que vai acontecer. Só o desenrolar do jogo escapa da repetição domingueira.
O humor no dia seguinte depende da sagacidade do técnico, da solidez do sistema defensivo, da criatividade de quem faz a meiúca e de uma linha atacante artilheira... se bem que as vezes nada disso adianta.
Por isso o futebol é tão apaixonante.
Domingo é dia de durmir! hgghu
ResponderExcluirbeijos
A menina é linda, mas a camisa... horrivel!!!! rsrs
ResponderExcluirÉ melhor ainda quando o Bahia broca se fosse uma menina com a camisa do Bahia ficaria mas bonita kkkkkk
ResponderExcluirCoisinha mais linda!!!!!
ResponderExcluir:D