Mais um poema traduzido para o francês pelo amigo Pedro Vianna
não tenho medo de ser simples
tenho medo de ser oco
de ser raso
não tenho medo do esquecimento
tenho medo da lembrança feita de mágoa
do rancor
não tenho medo da rotina
da crise de meia-idade
da constância dos funerais
das mesmas conversas
dos mesmos amigos
tenho medo do verão
tenho medo da saudade
tenho medo dos caminhos que não segui
das escolhas que não fiz
dos desencontros
Rencontres ratées
je n’ai pas peur d’être simple
j’ai peur d’être creux
d’être plat
je n’ai pas peur de l’oubli
j’ai peur du souvenir fait de chagrin
de la rancœur
je n’ai pas peur de la routine
de la crise de l’âge mûr
de la récurrence des funérailles
des mêmes conversations
des mêmes amis
j’ai peur de l’été
j’ai peur de la présence des absences
j’ai peur des chemins que je n’ai pas suivis
des choix que je n’ai pas faits
des rencontres ratées
Tradução para o francês:
Pedro Vianna
Este poema me traduz.
ResponderExcluirolá boa noite!
ResponderExcluiré primeira vez que venho aqui e a me apaixono !
um abraço e parabéns!
O medo pode nos tornar inertes.. ou nos mover...
ResponderExcluirLeve, musical, delícia de ler!
ResponderExcluirAbraços =)
Belo poema....belíssima tradução!!!
ResponderExcluirEstou tateando post a post desse blog genial!!!
Posso segui-lo?
Abraços
Lindo poema ^^
ResponderExcluirNem sei como cheguei aqui, só sei que cheguei. Cheguei como quem caminha muitas léguas e encontra um banco na sombra de uma árvore de copa frondosa e exuberante. Tenho muito medo da lembrança feita de mágoa, da mágoa que causei, mais do que da que sofri...
ResponderExcluirParabéns pelo blog e seu maravilhoso conteúdo.
Abraço.
EXPLENDIDO
ResponderExcluirQue texto lindo
ResponderExcluirMuito bom poema, faz bem à gente.
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