Liv Ullmann |
trago na cabeça
um poema tão doloroso
e injustificável
que jamais tentarei
colocar no papel
costumo cantarolar seus versos
numa melodia tristonha
quando estou sozinho
quando a chuva me apanha
na rua e não procuro abrigo
quando amanhece do outro
lado da minha cortina
esse poema é só meu
um poema tão doloroso
e injustificável
que jamais tentarei
colocar no papel
costumo cantarolar seus versos
numa melodia tristonha
quando estou sozinho
quando a chuva me apanha
na rua e não procuro abrigo
quando amanhece do outro
lado da minha cortina
esse poema é só meu
Homens sem mistério não tem graça. Há que existir o impublicável!
ResponderExcluirBeijos,
saudades daqui.
ResponderExcluirBeijo
Revelar através de versos, o que está dentro de nós.
ResponderExcluirParabéns amigo !
Dan
http://gagopoetico.blogspot.com.br/
Impensável publicar as entranhas do poeta,
ResponderExcluirmas, é este "impublicável" que mais merece publicação...
Beijo
Em tempos que temos tanta coisa publicada, pronta para satisfazer nossas (minhas) necessidades de leitura, meus olhos às vezes me confundem, pois curiosos caem em muitas armadilhas, mas quando se vai no lugar certo, os olhos saem ganhando, assim como o cérebro e o coração...foi o que me aconteceu lendo este poema, quase como uma mensagem telepática, pois trago no peito uma dor inexplicável ou que eu não permita que se revele, então crio melodias desconexas, e que nunca, consigo repetir a mesma, para tentar aliviar a dor que trago, para tentar expeli-la, pois não caberá num papel.
ResponderExcluirCaro poeta Herculano Neto, a dor que sinto é só minha....mas teu poema é sublime, obrigado.
"quando a chuva me apanha
na rua e não procuro abrigo"
ps. Meu carinho meu resperito e meu abraço.
IMPUBLICÁVEL
ResponderExcluirOuso dizer que como poeta, faço parte de uma confraria.
Somos membros de uma irmandade secreta
a exemplo das grandes fraternidades seculares.
Poetas são seres meio marginais, meio magos,
que envergam vestes soturnas.
Escondem-se entre escombros,
guardam mistérios a sete chaves.
Poetas são alquimistas.
Lidam com poções mágicas,
camuflam receitas cifradas.
Poetas são malditos, insanos, perturbadores.
Quem gosta dos que cultuam feridas e dores?
O lado solar dos poetas é fugidio, bissexto!
Não são confiáveis estes bastardos!
A arte os blinda e protege da contaminação com o vulgar.
Poetas não são amantes da banalidade!
Detestam os lugares comuns!
A insatisfação e o inconformismo tatuam a alma dos poetas.
Há uma aura de Hermes que os absolve!
Possuem passe livre entre o céu e o inferno!
Os poetas não se intimidam com a divisão entre o bem e o mal!
Não pertencemos a nenhuma pátria!
Somos clandestinos e imorais!
Beijos publicáveis!
Nathalia Leão Garcia
Bom domingo...
ResponderExcluirEu te parabenizo ...maravilhoso.
ABRAÇOS
Sinval
A imagem da Liv Ullmann, acredito ser de "Persona" (do Ingmar Bergman), e o seu silêncio no filme dialoga muito bem com o seu poema.
ResponderExcluirUm abraço
Bonito, muito bonito.
ResponderExcluirBonito, muito bonito!
ResponderExcluirsempre os poemas são só nossos ... a vida é sempre um poema ...
ResponderExcluirOs poemas impublicáveis são um paradoxo. Costumam ser os melhores entre aqueles que nunca existiram.
ResponderExcluirGrande abraço!
A dor é minha,
ResponderExcluirA dor é de quem tem...
éé... às vezes deixar a ferida sangrar por fora...pode não fazer diferença. eita, me deixou pensativa rs
ResponderExcluirA essência de cada qual que escreve há de ser um poema.
ResponderExcluirsimples, belo e imperfeito.