(*) Quando achei de listar as piores canções de Raul Seixas, seus fa(náticos) entraram em polvorosa, chegando a ameaçar minha integridade física. Eu, tão tísico e inofensivo, quase não saí de casa de tanto medo de me deparar com algum maluco beleza mirando em minha lata seu estilingue. Agora, após relacionar os versos nada geniais de Renato Russo, seus discípulos pediram carinhosamente que eu analisasse a possibilidade de cometer suicídio, fiquei tão tocado que por pouco não me atirei da janela do quinto andar, vá entender. Bom, de qualquer forma é melhor não correr tantos riscos e pensar duas ou três vezes antes de apontar os trabalhos menos interessantes de artistas como Mano Brown ou Chorão, talvez sua horda de asseclas queira me submeter a alguma sessão de tortura pior do que escutar repetidamente suas canções.
(*) Nunca gostei de me resignar, me conformar, sempre gostei de fazer acontecer, de mover as peças do tabuleiro independentemente dos valores nos dados. Esperar não é algo que se pareça muito comigo, prefiro tentar, me arrepender, quebrar a cara. Costumo escutar as pessoas lamentarem, entre suspiros, adágios do tipo “o pouco com Deus é muito”, pode ser, sou um ateu que não duvida, mas o muito sem Deus continua sendo muito, não o contrário.
(*) Carpinejar escreveu no “Zero Hora” que quando ficou solteiro outra vez se decepcionou com o mundo, se sentiu amaldiçoado, raivoso com a falta de sorte, logo ele, que defendia a vida a dois, que alardeava como seu aforismo maior que liberdade na vida é ter alguém para se prender. Reclamava, ainda, que as suas roupas sujas não enchiam mais uma máquina de lavar, que a comida estragava na geladeira, que toda noite era fim melancólico de domingo. Esse sou eu.
(*) Nunca gostei de me resignar, me conformar, sempre gostei de fazer acontecer, de mover as peças do tabuleiro independentemente dos valores nos dados. Esperar não é algo que se pareça muito comigo, prefiro tentar, me arrepender, quebrar a cara. Costumo escutar as pessoas lamentarem, entre suspiros, adágios do tipo “o pouco com Deus é muito”, pode ser, sou um ateu que não duvida, mas o muito sem Deus continua sendo muito, não o contrário.
(*) Carpinejar escreveu no “Zero Hora” que quando ficou solteiro outra vez se decepcionou com o mundo, se sentiu amaldiçoado, raivoso com a falta de sorte, logo ele, que defendia a vida a dois, que alardeava como seu aforismo maior que liberdade na vida é ter alguém para se prender. Reclamava, ainda, que as suas roupas sujas não enchiam mais uma máquina de lavar, que a comida estragava na geladeira, que toda noite era fim melancólico de domingo. Esse sou eu.
(*) O sitar de George Harrison em "Norwegian Wood" e o meu mundo já não é mais o mesmo.
Amigo Herculano, teu post trouxe-me à memoria o falar e o pensar de Nelson Rodrigues: "A vida como ela é"
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um ótimo dia.
Ai, meu Deus esses xiitas musicais,ninguém merece.
ResponderExcluirDespedidas sempre são dolorosas.
and Harrison is God!
Sinceramente,eu adoro a sua sinceriadade! rs...
ResponderExcluirBoa tarde Herculano!
São as "unanimidades burras">
ResponderExcluir(... e se todas as moscas comem m... m... é bom?)
Taí. Gostei muito!
Abração!
O que dizer?
ResponderExcluirO que dizer mesmo, Herculano...
"...que toda noite era fim melancólico de domingo.
Essa sou eu." (2)
Até tento as vezes disfarçar quando esse voo acontece... e conspiradamente atulha a terra, a casa, a rotina, de um silêncio assíduo que nunca termina. Não sabendo mais o que é a própria morada, a lidar com que os olhos fixam, a maldita ausência feita de um traço, linhas vazias de diálogos, do que não mais se ouve pela casa...
Só o abandono.
Enquanto de um lado há só o estrondo do bater da porta de quem sai... do outro, há só o abrir de um ângulo novo da terra, buraco onde o corpo se joga...
Desiste.
Como tu, também não sou de esperar as coisas de braços cruzados... mas sei traduzir quando a perda é algo certo e irrevogável. E então desisto... enfrentando a guerra das guerras: toda noite, vendo repetir-se no espelho uma persistente solidão e melancolia.
Enfim...
Fizestes-me lembrar agora aqui, que todos os realmente grandes escritores e músicos que me formaram, já estão todos nas catacumbas e que quase tudo o que antes era considerado cultura, virou só entretenimento banal... e até onde sei, até os relacionamentos atuais chegaram a esse ponto decadente... basta abrir a boca para dizer que sofre por alguém que se foi, e pronto, sentirá o chicote das malditas línguas discursando das filas que andam, como "prêmio de consolo"...
Hoje, tudo o que quero é uma camiseta...
Sim, com uns versos de Pessoa, o Fernando:
"Não me macem, por amor de Deus!
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?"
Herculano, quiser, dou-to uma camisa destas... e criamos um movimento silencioso contra asseclas dessa patifaria toda...
Saudações Cila.
=)
Compartilhando...
ResponderExcluirE o meu mundo já não é mais o mesmo (2)
Meu boa noite.
:)
Lembro da postagem. Até comentei com algumas pessoas
ResponderExcluirdizendo que achei foda a atitude tomada, afinal,
fazer uma crítica em relação a um grande artista
é bem difícil, principalmente quando essa crítica
é inversa ao que sempre esperam.
Amigo Herculano! Como é bom ler um texto assim, coisa pior do que ser o que os outros querem é o quê?
ResponderExcluirPor cá chamamos a esse tipo de música "PIMBA", reles fatela ... enfim,
o mais chocante é que vende muito e tirando as meninas do coro ou as que dançam de mini-saia e generosos decotes, a tal música não tem assunto nenhum.
Enfim, gostos são gostos (ou falta deles|), mas não queiram que se goste "daquilo"!!!
Valham lá as rapariguinhas!!
Abraço, fica bem.
O importante É sempre ser autentico,NUNCA uma imitação...Você é...autentico,bom,muito bom!
ResponderExcluirOlá bom dia dessa madrugada um pouco fria
ResponderExcluirgostei de ler e ver sua sinceridade, ser vc mesmo
faz tempo que não te visito e hj vim deixar meu
abraço com carinho
gostei de ler
Bjuss
Rita!!1
Não entendi porque tanto maldizer apenas por criticar Renato Russo.
ResponderExcluirP.S.: Conseguiu alguma ideia pra presentear sua mãe? Rs
Hoje senti saudade do Herculano, e lendo esse texto, lembrei desta canção:https://www.youtube.com/watch?v=GEtAktwfbBs
ResponderExcluirA velha Gal e o meu mundo não é mais o mesmo.
ExcluirSaudades dos amigos de sempre.
Essas pessoas se tornaram ícones, e alguns fãs simplesmente não aceitam ouvir críticas sobre esses que eles tanto engrandeceram. Nada contra Raul, mas seus fãs são demasiado chatos. Fanatismo demais só atrapalha.
ResponderExcluirAs pessoas reclamam quando não damos opinião e quando a damos, vivem nos criticando por dizer o que pensamos. Vai entender essa gente que critica e não quer ouvir críticas...
ResponderExcluirLiberdade sempre....o ser humano que é complicadamente insano.
ResponderExcluirSou fã do Raul desde os 12 e nem por isso acho que todas suas músicas são ótimas.
ResponderExcluirRenato Russo perdeu a graça depois de uma época, pra mim.
Carpinejar me parece um escritor de donzelas.
Alguém falou, eu cá repito: o aspecto "sinceridade" é um grande charme do seu blogue. Se sinceridade é charmosa? Dizendo charmosamente, é! Mau amigo jornalista perguntou: "Ele vive disso? Porque o blogue dele é muito bom, e é preciso tempo para manter, alimentar um blogue assim". E, como eu já sabia que iria acontecer, adorou o livro!
ResponderExcluirBeijos,
...e o meu mundo já não é mais o mesmo.
ResponderExcluirps. meu carinho meu respeito meu abraço.
Poderia não, é uma crônica! Incrível como o cotidiano nos alimenta de palavras... Grande abraço
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