Diários da pandemia ou notas perdidas nas páginas ociosas de uma velha agenda
(Dezembro, 2021)
De tudo que é pregado nas mais diversas crenças, o que mais me aterroriza é o conceito de vida eterna, para mim é angustiante a ideia de viver para sempre, como se eu fosse Mumm-Ra, o de vida eterna! Viver o agora já é um fardo difícil de suportar. Saber que não existe nada é o que me dá força para continuar caminhando. Acreditar que apenas a morte é eterna me consola, é a minha fé. Quando revelo que não possuo religião, algo que deveria ser visto com naturalidade, imediatamente me veem como a encarnação do anticristo na Terra, as pessoas se assustam e afirmam que isso não é possível, desdenham ou passam a tentar comprovar a importância de deus-krishna-oxalá-kardec-acaso para o indivíduo – que maçada. Já fui mais complacente, hoje não tenho muita tolerância com catequismos (talvez seja efeito colateral da idade), a fim de evitar deselegâncias sociais da minha parte, procuro evitar o tema. No entanto, para quem ainda insiste em não compreender, posso confessar, simplesmente, que um belo dia tive uma iluminação e desde então encontrei a paz.
Feliz Natal.
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