quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pb

há um rastro de chumbo
                nos seus olhos

quando chora
quando tenta
quando espera
quando desiste

há um rastro de chumbo
                nas suas ruas

quando celebra
quando perpetua
quando omite
quando enguiça

há um rastro de chumbo
                em sua gente

quando dá de ombros
quando compactua
quando ignora
quando silencia

há um rastro de sangue na sua história



Mais sobre o chumbo no sangue que maltrata minha cidade AQUI.




11 comentários:

  1. lindo rastro poético mesmo, em q pese a causa deste lamento ... e assim vamos caminhando à mercê dos interesses ...

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  2. A poesia também pesa. O peso do chumbo. E o contraste com o nome: purificação!

    Beijos,Herculano.

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  3. ...e o chumbo pesa, principalmente, sobre os ombros daqueles que são mais abertos à sentir as dores deste mundo. Um belo poema! Abraços poéticos!

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  4. A história é pesada. A vida é pesada. Mas sua poesia capta com leveza (e beleza) as dores...

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  5. mais uma vez incrível e sem palavras pra descrever o quão lindos são os teus poemas.

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  6. sempre é um enorme prazer vir ao teu blog e me deparar com os teus poemas incríveis. parabéns mil vezes.

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  7. eu voltei! e com samba... saudações plúmbeas!

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  8. há um rastro de chumbo, sangue e suor em sua cidade.

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  9. Pelo visto a matéria de A Liga não adiantou de nada, como sempre?! :/ Complicado... mas esse é o país das pessoas q, segundo o data folha, acham q as reivindicações das manifestações (tolas e vaidosas) de maio/junho/julho foram atendidas... difícil...

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