quero o nada
a coisa alguma
o inconstante
a chuva passageira
a embriaguez
quero o anonimato
o esquecimento
o efêmero
a saudade
o beijo daquele carnaval
quero o desapego
as mal traçadas linhas
quero o desnecessário
a coisa alguma
o inconstante
a chuva passageira
a embriaguez
quero o anonimato
o esquecimento
o efêmero
a saudade
o beijo daquele carnaval
quero o desapego
as mal traçadas linhas
quero o desnecessário
Herculano Neto
Bom, muito bom!
ResponderExcluirMas eu quero muito mais. Quero todos os instantes; quero a eternidade de cada segundo; quero muito mais mesmo com a incerteza da certeza.
Um abraço
Isso é libertador!
ResponderExcluirTambém gosto da leveza das coisas sem contorno.
Um beijo.
E para que mais de um instante, se o instante perdura pelo infinito?
ResponderExcluirUm grande bj querido amigo
Quando conseguir, dividi?
ResponderExcluir:)
Nada mais justo...do que este querer...afinal,quem sabe a vida não seja mesmo a somatória de cada uma destas infinidades...
ResponderExcluirBelo poema!
Tudo por um sossego...rs
ResponderExcluirLindas palavras
Abraço
É esse instante que todos buscamos...!
ResponderExcluirque sintonia mais perfeita com essa imagem =)
ResponderExcluirQuero, antes de tudo, que continues escrevendo lindos poemas. Meu abraço.
ResponderExcluirLindo
ResponderExcluirQueremos sempre o nada quando cansamos de querer o tudo. Mas, o que é o nada sem conhecer o tudo?
bj
" quero o nada... a embriaguez... o esquecimento... "
ResponderExcluirtô nessa.
massa.
abs
grande abraço!
ResponderExcluirEstou nessa, Herculano!
ResponderExcluirBelo poema!
Beijos
Mirze
Hummm, fiquei aqui pensando nesse desnecessário. Não sei não, eu quero tudo isso e mais um pouco e não acho desnecessário. Pelo contrário. rs
ResponderExcluirbacio
Herculano,
ResponderExcluirmuito bom entrar aqui em seu blog e encontrar esse poema falando justamente sobre a importância do "nada" poético. A importância do "desnecessário", do "esquecimento. Isso porque dialoga de forma muito profícua com a última publicação que fiz também no "Palavra de Nuvens", no dia 26/10, um poema intitulado "Tratado Íntimo".
Acho muito interessante como nós que convivemos e aprendemos com a poesia temos essa noção exata de como é valoroso perceber nosso estado mesmo eterno de construção íntima e do espírito. E nenhum lugar é mais adequado para falar sobre esses paradoxos do nada em relação à vida do que o espaço da poesia.
gostei muito do poema. Conciso, profundamente subjetivo e inquietante.
deixo um abraço amigo e obrigado.
Herculano Neto, sou teu fã cara. Linda poesia que diz muito sobre mim, que tenho um gosto miserável pelo efêmero. Tudo o que me atrai escorre por minhas mãos com a ligeireza de uma enxurrada.
ResponderExcluirAbraço, conterrâneo!
Inquietante... Mas a imagem é contraditória...
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Versos curtos e certeiros,
ResponderExcluirperfeitos do começo ao fim.
O objeto do desejo
é apenas o nada,
o efêmero,
como o beijo daquele carnaval
(irônico e único desejo mais durável, já que dele nunca se esqueceu).
A imagem que ilustra a postagem
mostra o desapego,
o desprendimento que o eu
poético exalta.
Poesia na internet tem de monte,
mas bons poemas é coisa rara,
e isso aqui é certeza.
Isso me lembra uma música do Lenine.
ResponderExcluirO que é Bonito: "Eu gosto é do inacabado, o imperfeito, o estragado(...) Eu quero tudo que dá e passa, quero tudo que se despe, se despede e despedaça... Eu quero tudo que dá e passa"
bjs
Não vou dizer que este é pessimista, repetitiva serei! Direi apenas que este poema reflete na alma daqueles que ainda estão apaixonados por algo passado, ou algo que nunca aconteceu. Gosto do seu estilo de escrever Poeta! Talvez porque eu me identifique com a solidão e angústia que os transcede!
ResponderExcluirEssa é a liberdade que Bertrand Russell, me fez conhecer e desejar...
ResponderExcluir"A felicidade não é menos felicidade porque deve chegar a um fim, nem o pensamento e o amor perdem seu valor porque não são eternos.”
Gostei...tem momentos em que a gente quer algo que nem sempre é o mais desejado da maioria!kkk!
ResponderExcluirMelhor não ter fama momentânea...se for pra ter que seja pra valer e não "fogo de palha" né...acho que na vida seria ótimo se tudo de bom só acontecesse se fosse pra valer, pra ficar de verdade!
Bjs e paz!
Muito bom!
ResponderExcluirQuer pouco, terás tudo.
Quer nada: serás livre.
Bom dia Herculano Neto! rs...
Das mal traçadas linhas, é q nascem verdadeiros "achados".
ResponderExcluirbjo, HN!
=)
O nada me atrai terrivelmente.
ResponderExcluirGostei da visita
Martha
o Nada me atrai terrivelmente.
ResponderExcluirgostei da visita.
Martha
Lembrei dos meus desnecessários, do largado, do bom. Algo como a maré. Tão constante. Um belo poema!
ResponderExcluirAquele desnecessário que faz bem... gostei!
ResponderExcluirAmeei esse cantinho, voltarei sempre!
ResponderExcluirEsepero sua visita iluminada no Crônicas:
http://cronicasrapidas.blogspot.com/
This was a really wonderful post. Thank you for your blog
ResponderExcluirFunny Photo
Quero as bem traçadas linhas de Herculano Neto, se quero poesia...
ResponderExcluirAbraço largo de Minas,
PRamúcio.
Belíssimo.
ResponderExcluirqto mais me apego, mais me entristeço. quanto mais lembranças cultivo, mais sofro. tb gostaria do nada, da coisa alguma, do passageiro, do efêmero. mas a prática... ah, a prática é linda... na teoria! qdo encontrares a fórmula mágica não esqueça de compartilhar. enquanto isso, a gente conpartilha poesias, rimas ou versos brancos. angústias, pensamentos insanos!
ResponderExcluirbjs, k.
Só me veio uma coisa à cabeça: desejo de liberdade.
ResponderExcluirnum inverso de eternidade reside a beleza fundamental de que a vida é toda ela imponderável nas mãos de Deus e se reproduz em milhares de sóis
ResponderExcluir