quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SAVEIROS DE PAPEL

Paulo Leminski já nos eximiu de certo ranço hermético ao nos apresentar uma poesia simples e não simplista; coloquial e não menos inquietante. Mostrou que é possível provocar com versos curtos, que é possível mergulhar na superfície, ir além da pedra. Ser moderno não é modismo, é uma consequência natural do seu tempo, é aceitar, sem receios, a areia que se esvai em sua ampulheta, é decidir entre querer ser ou parecer e não tentar soar feito algo que não lhe pertence (Allen, meu velho, meia-noite não é apenas em Paris). Deixar a emoção em primeiro plano requer coragem, trazer o coração nas mãos, a cara pra bater, não é para qualquer ajuntador de estrofes. Ecos da poesia marginal pululam aqui e ali, seja na forma, no humor, na verve irônica e absolutamente refinada, no verso certeiro, objetivo, que golpeia, que te põe desnorteado, que te obriga desesperadamente a um clinch. A poesia de Dado Ribeiro Pedreira é para ser consumida sem moderação. Sua poética é para ser vivida, degustada, curtida até a última ponta, até a última dose.

Texto produzido para outros fins, mas que se tornou a orelha da belíssima estreia literária do comparsa Dado Ribeiro Pedreira.

SAVEIROS DE PAPEL pode ser adquirido AQUI
 

4 comentários:

  1. Após ler a orelha, que meu rei Bratz admirou-se e eu também, já dá uma vontade de ler.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  2. Desesperada para embriagar-me nas ondas de papel desses bancos de poemas!

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