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Léa Seydoux |
Toujours je perds,
Toujours un manque,
Toujours je souffre,
Toujours je suis planté là.
Toujours je démolis,
Toujours j’attends,
Toujours je recommence,
Toujours je reste là, les mains vides
Un misérable quémandant de l’affection, voilà ce que je suis
Toujours un manque,
Toujours je souffre,
Toujours je suis planté là.
Toujours je démolis,
Toujours j’attends,
Toujours je recommence,
Toujours je reste là, les mains vides
Un misérable quémandant de l’affection, voilà ce que je suis
Herculano Neto
Tradução para o francês: Pedro Vianna
sempre perco
sempre falta
sempre sofro
sempre fico a ver navios
(“sem sentido para o céu
indiferente para o inferno”)*
sempre despedaço
sempre precipito
sempre reinicio
sempre fico com as mãos abanando
miserável esmolando afeto é o que sou
sempre falta
sempre sofro
sempre fico a ver navios
(“sem sentido para o céu
indiferente para o inferno”)*
sempre despedaço
sempre precipito
sempre reinicio
sempre fico com as mãos abanando
miserável esmolando afeto é o que sou
*BERGMAN, Ingmar. O Sétimo Selo. Suécia, 1956.
e eu fico aqui me identificando com tudo isto ...
ResponderExcluirSem, sempre...
ResponderExcluirQue lindo, Herculano... Lindo demais!
ResponderExcluirTão bom em francês quanto em português...sempre!
ResponderExcluirBonito e triste...
ResponderExcluirE essa doce menina com lágrima nos olhos, a musa do Herculano...rs
Bom dia Herculano!!
Querido Herculano Neto tua poesia me chega como um soco no estômago (meio cliche né ? rs), mas como disse meu rei Bratz, eu estou lá, a cada passo dado, a cada palavra lida, como uma mistura de mel e fel, se dá o sentido e sou todo intuição...divago, tua poesia me provoca isso, belo poema. Acredito ser um dos poderes da poesia, o poder de se tonar nossa, como se o poeta soubesse dessas dores, dessa falta, dessa carência. Obrigado poeta Herculano Neto.
ResponderExcluirps. Meu carinho meu respeito meu abraço.
Meu carinho meu respeito meu abraço.
ExcluirO que seria dos poetas sem o sofrimento...Eu te desejo um amor novo ou um velho renovado, que o inspire a ser feliz! :)
ResponderExcluirA poesia nasce da dor. Por vezes preferiria não ser poetisa. E você?
ResponderExcluirNão tenho escolha.
ExcluirPor que você não faz poemas mais vezes?????
ResponderExcluirBeijos,
Até faço,
Excluirmas pouco publico.
A pergunta correta seria: porque os esconde, Herculano? Abraços.
ExcluirAcho que não,
ResponderExcluirfico sempre a ver navios.
Há só dois caminhos: escrever bem sob o feito da dor ou ser gelo que não escreve (nem sente). Ainda prefiro o primeiro caso. Um abraço!
ResponderExcluirVejo o poema nu e duro(Sem trocadilho, por favor... ou talvez com)
ResponderExcluirAquele abraço!
Nos identificamos sempre com sempre e sempre.
ResponderExcluirA tradução em francês dá um toque especial.
Um abraço.
O sempre é sempre incerto.
ResponderExcluirAcho que a sina de quem adentra à esse mundo da poesia é mendigar por algo, por qualquer coisa. Ou por tudo.
Belo poema, Herculano. Beijo.
dolorosamente belo.
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