segunda-feira, 23 de abril de 2012

SOBRE SEIOS E CALCINHA

Dirigido por Damjan Kozole, Slovenian Girl, um dos melhores filmes europeus de 2010, segundo a European Film Academy, teve sua fan page bloqueada pelo Facebook por conter, supostamente, “teor sexual” em seu poster. O filme narra a trajetória de Aleksandra, uma jovem de uma pequena cidade da Eslovênia, que para se manter como universitária na capital é obrigada a se prostituir.

Essa censura lamentável imediatamente me fez lembrar das contas que são desativadas na rede social sempre que algum desocupado "denuncia" a fotografia de uma mãe dando de mamar ao seu filho.

Somente em uma sociedade puritana, a imagem de uma mãe amamentando pode atentar contra a moral e os bons costumes. Somente em uma sociedade conservadora essa mesma imagem pode ofender a família e incitar a pornografia. 

Somente em uma sociedade hipócrita de séculos passados 
ou em uma moderna rede social do Terceiro Milênio.

 
 VERSÃO DO CARTAZ "SEM" A INDECOROSA CALCINHA

sexta-feira, 20 de abril de 2012

VOCÊ TEM 15 MINUTOS?

       Se você ainda não viu, e dispõe de meros quinze minutos no momento (ou até mesmo depois), veja "Os fantásticos livros voadores do Sr. Morris Lessmore" (The fantastic flying books of Mr. Morris Lessmore), vencedor do Oscar de melhor curta de animação deste ano, uma das pouquíssimas coisas interessantes na cada vez mais previsível, e piegas, “festa do cinema”.
       Uma emocionante declaração de amor aos livros.

terça-feira, 17 de abril de 2012

PODERIAM SER CRÔNICAS, MAS SÃO APENAS NOTAS II

(*) Todo mundo tem sua caixa de e-mail infestada com dezenas de mensagens desnecessárias, cotidianamente (às vezes a mesma mensagem mais de uma vez, já que algumas pessoas acham interessante e insistem em repassar). Depois de ter recebido cinco vezes o e-mail que afirmava que o verdadeiro Titanic não afundou, deparei com um em que dizia que o ra-tim-bum, cantado em aniversários, era um termo utilizado em rituais satânicos, que serve para amaldiçoar aquele que tem o seu nome proferido na sequência. Na dúvida, e como nunca gostei de parabéns, prefiro não arriscar e continuar fugindo daquela festa surpresa. Las brujas no existen, pero que las hay las hay.

(*) Inspirado pelo verso “ao som do último blues na Rádio Cabeça”, David Byrne, entusiasta da música brasileira, compôs “Radio Head” faixa do álbum “True Stories”, do Talking Heads. Thom York, na urgência de conseguir um nome para batizar uma promissora banda de indie rock em Londres, não hesitou ao utilizar o nome da canção. Muita gente que conheço tem pensado duas vezes antes de criticar Chico Buarque. 

(*) Quando Dado e Bonfá anunciaram o fim da Legião Urbana e lançaram o disco “Uma Outra Estação”, em 1997, pensava-se que este seria um digno desfecho para uma das melhores bandas do rock brasileiro. No entanto, o que aconteceu depois foram coletâneas, tributos e discos ao vivo sem sentido algum de existir, além do financeiro. Agora, depois de ter maltratado “Será” e “Tempo Perdido” (em VIPS e O Homem do Futuro, respectivamente), Wagner Moura assumirá oficialmente os vocais da Legião Urbana em um especial da MTV, para a tristeza de muitos. Enquanto isso, as faixas que sobraram do que seria o álbum Mitologia & Intuição em 1986 e as canções em inglês do disco V, 1991, repousam em silêncio, provavelmente aguardando o momento em que as vendas comecem a baixar.

(*) Sei que a publicidade tem suas próprias regras, e que nem sempre o publicitário realiza o anúncio que pretendia, devendo seguir pesquisas e tendências de mercado. No entanto, quando estou assistindo à TV, e encontro Luciano Huck, Fausto Silva ou Ivete Sangalo de garotos propaganda, antes mesmo de procurar o controle remoto, a primeira coisa que passa por minha cabeça é não comprar, mesmo que seja a última Coca-Cola do deserto.

(*) Meu livro de contos, ainda este ano.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A REVOLTA DOS REPLICANTES

Leio muitos blogues todos os dias, e cada vez mais. Em contrapartida, comento cada vez menos. Não porque me falte interesse ou ideias, apenas não tenho paciência para provar a todo instante que não sou um robô (acho que estou começando a acreditar que sou realmente um, afinal como um bom replicante robôs podem ser mais humanos que os humanos).

É absurdamente frustrante, após digitar cheio de entusiasmo meu comentário, me deparar com uma infeliz “verificação de palavras”: é um M que parece com um C, um C que parece com um Z, um Z que parece mesmo com um Z – um saco.

Acabo desistindo, quase sempre.

Nunca utilizei essa verificação em meus blogues (e olhe que vou completar dez anos nesse troço), considero eficiente e prática a moderação de comentários – se são realmente robôs “comentando”, ainda existe um filtro anti-spam para esse tipo de comentário.

Conversando com alguns amigos blogueiros, descobri que muitos nem sabiam que utilizavam esse recurso ou que ele poderia ser retirado. Para quem quiser se livrar desse estorvo, basta acessar o painel do seu blogue:

CONFIGURAÇÕES
POSTAGENS E COMENTÁRIOS
MODERAÇÃO DE COMENTÁRIOS: SEMPRE
MOSTRAR VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS: NÃO
SALVAR CONFIGURAÇÕES

Quem preferir mantê-lo, continuarei sendo leitor, mas comentarei somente em dias de extrema paciência.

Na imagem, Sean Young como a replicante Rachael, em Blade Runner (1982)
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