sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ENTRE A RUA DIREITA E A ESTRADA DOS CARROS

entre a rua direita e
a estrada dos carros*

Herculano Neto

revendo os caras
olhando as caras
contemplando cada olho castanho
cada olhar distante
cada ser infame

sorrindo a esmo
esperando reciprocidade
dias melhores
amores menores
sonhos assim

compreendendo cada olhar castanho
cada olho distante


* SOB PRESCRIÇÃO, 2006

14 comentários:

  1. Sonhar nunca é demais.
    Todos esperamos reciprocidade, mas nem sempre é assim...

    Beijo

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  2. Acho que ainda é mais fácil tentar compreender olhares distantes do que entender que amores menores podem trazer dias melhores...
    O que é mais intenso, mais dor traz: dias de sofrimento, de certa forma dias piores.

    Acho que me perdi no teu poema, Herculano

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  3. O ciclo recomeça do mesmo ponto, mas com um novo olhar.

    Beijos, bom fim de semana!

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  4. Tantas histórias entre essass ruas da cidade!!!

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  5. Aqui em Feira também teve uma rua Direita, hoje Conselheiro Franco, que ficava em oposição a rua do Meio que era habitada pelas mulheres que nos faziam felizes. Poema de evocação, o teu e de feliz resultado. Abraço.

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  6. Herculano,
    Teus versos corroem o tempo. Tens o condão, tens a chave-micha, tens a clave do sol.

    Do teu conclave,
    Pedro Ramúcio(?).

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  7. O olhar realmente eh algo fundamental!

    =*

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  8. Fiz minha escolha, escolhi meu poema. Está lá no Leitora. Obrigada, Herculano.

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  9. Vim retribuir sua visita e o pequeno poema que deixou em meu blog, e conhecer seu espaço. Gostei dele, dos poemas que misturam buscas, formas experimentais com cotidiano. Ao mesmo tempo, Herculano, li no blog da Gerana sobre o prêmio ao seu livro, e vim lhe dar os PARABÉNS!
    Vamos nos lendo. Abraço.

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  10. Eu li e gostei... Mas não sei o que te dizer sobre :)

    Um abraço.

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  11. Adorei a foto. Amo o Centro da minha cidade e ver essa foto me lembrou de como ela é diferente hoje, mas também como guarda fortes recordações dessa época antiga.

    abs

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